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Pedro Cardoso: “Se o vírus é uma invenção, que se curem sozinhos”

Ator publicou um longo desabafo no qual critica os brasileiros que têm se manifestado contra o isolamento social

atualizado

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Pedro Cardoso dando entrevista
1 de 1 Pedro Cardoso dando entrevista - Foto: Reprodução
Nessa segunda-feira (21/04), o ator Pedro Cardoso publicou um texto na sua conta do Instagram demonstrando sua completa falta de esperança em relação ao Brasil. Criticando fortemente parcela da população que tem feito aglomerações mesmo com a necessidade de isolamento social durante a pandemia, ele afirmou que o país não existe.
Não existe Brasil. Existe um amontoado de gente jogado no mesmo pedaço de chão, convivendo forçosamente, obrigados a se dizer pertencer a mesma nação. O Brasil é falso como a letra do seu hino, que, aliás, é feia e mal escrita. O Brasil nunca foi gigante porque ele nem sequer existe”, começou. 
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O ator fez um longo desabafo no Instagram
No qual criticou aqueles contra o isolamento social
Para ele, "não existe Brasil"
Ele ficou imortalizado no papel de Agostinho, em A Grande Família
Pedro Cardoso costuma manifestar suas opiniões políticas
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Pedro Cardoso

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O ator fez um longo desabafo no Instagram

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No qual criticou aqueles contra o isolamento social

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Para ele, "não existe Brasil"

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Ele ficou imortalizado no papel de Agostinho, em A Grande Família

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Pedro Cardoso costuma manifestar suas opiniões políticas

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Atualmente, ele vive em Portugal

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Pedro Cardoso

divulgação
Cardoso, que atualmente vive em Portugal, afirma que aqueles que estão quebrando a quarentena para protestar contra as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) não deveriam ser tratados caso contraíssem Covid-19.
Na minha opinião, quem se oferece ao vírus em aglomerações voluntariosas não deveria receber tratamento caso adoeça. Se o vírus é uma invenção, como dizem, que se curem sozinhos; e não venham arriscar a vida de quem, com sacrifício, está dedicado a salvar vidas”, escreveu. 
As críticas mantém o tom de decepção. “Sou juridicamente brasileiro. 220 milhões de pessoas o são. Mas é mera formalidade. Não posso pertencer a um país que não existe. Eu não faço buzinaço em porta de hospitais nem clamo por ditadura militar. Não pertenço a nação de quem o faz. É com pesar que sou obrigado a compartilhar com gente assim o mesmo espaço geográfico”.  Por fim, ele celebra grande brasileiros, afirmando que seu país é feito do sonho dessas pessoas.
O país que eu nasci é o do sonho de Criolo, Mano Braun, Ruth de Souza, Pixinguinha, Chico Mendes, Leonardo Boff, Chico Buarque, Caetano Veloso, Fernanda Montengro, Amir Haddad, D. Ivone Lara, Catulo da Paixão Cearense, Dolores Duran e tantos a quem posso chamar de irmãos. Os outros, esse grupo abjeto de pessoas incivilizadas, sádicos agressores de indefessos, ocuparam a terra do país imaginado pela arte produzida pela minha gente. Roubaram até as cores da bandeira. Verde e Amarelo se tornou uma combinação repulsiva. Bandeira feita mortalha”, finalizou.
Leia o texto completo: 

“Não existe Brasil. Existe um amontoado de gente jogado no mesmo pedaço de chão, convivendo forçosamente, obrigados a se dizer pertencer a mesma nação. O Brasil é falso como a letra do seu hino, que, aliás, é feia e mal escrita. O Brasil nunca foi gigante porque ele nem sequer existe.

Nenhuma nação surge de 350 anos de escravidão. Eu me recuso a compartilhar nacionalidade, e o consequente patriotismo, com pessoas que fazem baderna em tempos de necessário isolamento social. Quando um infectado entra num hospital ele expõe a risco médicas, enfermeiras e todos que forem cuidar dele. Fazer o impossível para não se infectar é uma obrigação para com os outros. Na minha opinião, quem se oferece ao vírus em aglomerações voluntariosas não deveria receber tratamento caso adoeça.

Se o vírus é uma invenção, como dizem, que se curem sozinhos; e não venham arriscar a vida de quem, com sacrifício, está dedicado a salvar vidas. Eu não pertenço a mesma nação que essas pessoas. Sou juridicamente brasileiro. 220 milhões de pessoas o são. Mas é mera formalidade. Não posso pertencer a um país que não existe. O que existe são grupos identificados por igualdade pretendida.

Grupos de militares, de comerciantes, de artistas sertanejos, de latifundiários, de fundamentalistas de falsas religiões e por ai vai. Cada grupo chama a si mesmo de Brasil como se todos os nascidos nesses limites geográficos fossem iguais a eles. Não somos. Eu não faço buzinaço em porta de hospitais nem clamo por ditadura militar. Não pertenço a nação de quem o faz. É com pesar que sou obrigado a compartilhar com gente assim o mesmo espaço geográfico.

O país que eu nasci é o do sonho de Criolo, Mano Braun, Ruth de Souza, Pixinguinha, Chico Mendes, Leonardo Boff, Chico Buarque, Caetano Veloso, Fernanda Montengro, Amir Haddad, D. Ivone Lara, Catulo da Paixão Cearense, Dolores Duran e tantos a quem posso chamar de irmãos. Os outros, esse grupo abjeto de pessoas incivilizadas, sádicos agressores de indefessos, ocuparam a terra do país imaginado pela arte produzida pela minha gente. Roubaram até as cores da bandeira. Verde e Amarelo se tornou uma combinação repulsiva. Bandeira feita mortalha”

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