Pedreiro diz que matou adolescente após ela perguntar: “É estuprador?”
O homem, que confessou o assassinato de duas adolescentes, relatou ter matado menina de 13 anos enforcada após pergunta sobre estupro
atualizado
Compartilhar notícia
Goiânia – O ajudante de pedreiro Reidimar Silva, de 31 anos, relatou à Polícia Civil de Goiás (PCGO) que matou a menina Thaís Lara, de 13 anos, enforcada, após se irritar com uma pergunta da garota. O caso do desaparecimento dela, que havia sido arquivado em 2020, foi reaberto em 2022 pela semelhança com o caso de Luana Marcela, que também foi morta pelo homem.
Nesta sexta-feira (20/1), as forças policiais confirmaram que os restos mortais encontrados na casa de Reidimar são mesmo de Thaís Lara. A menina estava desaparecida há três anos. De acordo com a delegada responsável pela investigação do caso, Ana Paula Machado, depois de morta, a garota teve o corpo queimado e jogado em uma cisterna, no setor Madre Germana II, na capital goiana.
Conforme a explicação de Ana Paula Machado, Thaís esteve de fato na casa de Reidimar no dia 28 de agosto de 2019, e o próprio autor informou que ela buscava pelo filho dele.
“Reidimar informou que estava drogado na data e ela fez um questionamento para ele. Ela perguntou se era verdade o que todos diziam no bairro, que ele era estuprador. Após dizer isso, ele afirma que sentiu muita raiva e que asfixiou a vítima”, complementa Ana Paula Machado.
O corpo de Thaís foi colocado em uma fossa desativada e, após, ele ateou fogo no local. A delegada disse ainda que não é possível informar se houve estupro, pois foram encontrados apenas os ossos da vítima.
A Polícia Civil em conjunto com a Polícia Científica localizou os restos mortais da adolescente no dia 11 de janeiro, depois de Reidimar pedir uma Bíblia a um agente da Polícia Penal de Goiás e confessar que a matou. O caso aconteceu em 2019.
Assassino confesso
De acordo com a Polícia Civil, Reidimar, que está preso, pediu uma Bíblia a um agente da Polícia Penal de Goiás para confessar o crime. Durante a confissão, ele teria dito que não estuprou a adolescente e que a matou por enforcamento. As declarações também são semelhantes às feitas por ele no caso de Luana. O processo contra ele está em segredo de Justiça.
Ainda de acordo com o assassino confesso, após matar a menina, que à época do crime tinha 13 anos, ele queimou o corpo e o jogou em uma cisterna. O corpo de Luana também foi encontrado no quintal da casa do homem. Após matar a menina, também por enforcamento, ele enterrou e concretou o local para dificultar o trabalho da polícia.
Em 2019, Reidimar também era vizinho da vítima e, de acordo com a polícia, estava em liberdade condicional após sair da cadeia por outro caso de estupro.
Semelhanças
Segundo a polícia, os casos apresentam diversas semelhanças, inclusive, as características das vítimas, relacionadas ao porte físico e à idade.
Ainda de acordo com a corporação, as duas meninas não tinham o hábito de sair sem avisar às famílias, eram quietas e não tinham histórico de atos infracionais.
Caso Luana
O corpo de Luana foi encontrado no quintal da casa do ajudante de pedreiro Reidimar. O homem confessou ter matado a vítima estrangulada. Antes de enterrar o corpo, ele ateou fogo e cimentou o local, dificultando a ação da polícia. Posteriormente, o acusado confessou ter estuprado a garota depois de matá-la.
A menina desapareceu no domingo (27/11), após ir a uma padaria nas proximidades de casa. Ele a teria convencido de entrar no carro dele dizendo que devia dinheiro aos pais dela, que têm uma distribuidora de bebidas, e faria o pagamento.