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Pedreiro atingido por spray de pimenta relata dor intensa: “Vomitei sangue”

Em defesa, o homem que jogou o gás, Wilson Moreira da Costa, disse que adquiriu o produto nos Estados Unidos para uso de defesa pessoal

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1 de 1 bombeiros - Foto: reprodução

O gás utilizado pelo homem que atacou pedreiros de uma construção próxima à sua residência, na última segunda-feira (10/08), é altamente tóxico e prejudicial aos que o inalam, podendo levar à morte, dependendo da quantidade. Quatro dos trabalhadores atingidos passaram mal e precisaram ser socorridos.

“Eu acabei inalando mais produto. E acabou sangrando muito, e acabei vomitando até sangue”, disse Maurício José da Silva, ajudante geral da obra, em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo.

Ao programa, o encarregado da construção Paulo César da Costa defendeu que os funcionários faziam barulhos “normais”, não justificando tamanho ataque.

“Parecia um barulho de spray, quando me deparei, veio aquele cheiro de produto químico”, relatou. “Aquela nuvem branca, tudo veio para perto de nós. Eu colocava a camiseta na boca para tentar puxar o ar”, contou o pedreiro Jairo Neves da Silva. Ao programa, eles disseram que esta foi a terceira vez que o homem “jogou veneno na obra”.

A substância jogada está sendo periciada e há a suspeita de que seja ilegal. “A polícia apreendeu um produto, um gás. E seria ilegal. A perícia está analisando para ver do que se trata”, afirmou a delegada Zuleika Gonzalez, que está à frente do caso.

Em defesa, o homem que jogou o gás, Wilson Moreira da Costa, disse que adquiriu o produto nos Estados Unidos para uso de defesa pessoal. “Comprei um gás de pimenta nos Estados Unidos para defesa pessoal. Bati na porta várias vezes, nenhum pedreiro abriu a porta. Aí, eu joguei o gás embaixo da porta para ver se parava aquela barulheira que estava me deixando maluco. O gás que eu utilizei não era um gás contagioso, nem um gás que produzia qualquer efeito de intoxicação”, defendeu.

Ainda, ele comentou que, antes do ataque, foi até o apartamento de cima, onde estava ocorrendo a reforma, bateu na porta, mas os pedreiros não o responderam. Porém, câmeras de segurança do prédio registraram o momento em que ele tenta arrombar a porta. Wilson também negou que tenha tentado colar a porta, mas outras imagens captadas flagraram ele passando um produto no local.

“O que eu fiz não foi crime, foi uma atitude em resposta a outra atitude”, disse em sua defesa.

Questionado se mudaria as atitudes, ele mostrou frieza e confessou que não mudaria os atos. “Nada, nada”, afirmou. O homem está sendo investigado pelos crimes de lesão corporal e por ter colocado a vida e a saúde das pessoas em risco.

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