Pedidos de seguro-desemprego têm alta de 1,9% em 2020
Foram 6,8 milhões de requerimentos, quase 130 mil a mais do que em 2019. Setor de serviço foi o mais afetado
atualizado
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O número de pedidos do seguro-desemprego aumentou 1,9% no ano passado, segundo dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Com uma diferença de quase 130 mil a mais do que em 2019, foram 6,784 milhões de solicitações do benefício em 2020.
Apesar do aumento no ano passado, nos últimos três meses de 202 houve uma queda consecutiva nos números. O Brasil registrou 425.691 solicitações de seguro-desemprego em dezembro, um recuo de 4,6% frente a novembro, quando foram feitos 446.372 pedidos.
O pico de solicitações foi registrado em maio, quando o número chegou a 960.308, seguido por abril, com 748.540 solicitantes. Os meses com maiores registros foram aqueles em que a crise provocada pelo novo coronavírus se acirrava no país.
Em relação aos setores que mais solicitaram o benefício, o de serviço liderou com cerca de 2,8 milhões do total de requerimentos, o equivalente a 41%. Em seguida aparecem os setores de comércio, indústria e construção.
Os que menos solicitaram o seguro-desemprego foram os trabalhadores do ramo da agropecuária, com 333 mil solicitações no ano passado.
Como solicitar o seguro-desemprego
Trabalhadores formais que foram demitidos sem justa causa têm direito ao benefício. Para isso, eles não podem ter renda própria suficiente para manter a família nem receber qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, com exceção do auxílio-acidente, do auxílio suplementar e do abono de permanência em serviço.
O pedido do benefício pode ser feito pelo site da Secretaria do Trabalho, por meio do aplicativo da carteira de trabalho digital (Android ou iOS), pelo telefone 158 ou pelo e-mail trabalho.(uf)@economia.gov.br.
O trabalhador demitido receberá o valor de acordo com a média salarial dos últimos três meses anteriores à demissão. Em 2020, o valor máximo das parcelas foi de R$ 1.813,03. Veja mais informações no site do Ministério da Economia.