Pedido para testes em humanos de spray contra Covid é enviado à Anvisa
Desenvolvido pela USP, esse é o primeiro imunizante completamente criado no Brasil em forma de spray nasal
atualizado
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Os pesquisadores que desenvolvem a vacina brasileira em spray nasal contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronvaírus, pediram à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para realizar testes em humanos.
O possível imunobiológico é desenvolvido pelo Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor), da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Esse é o primeiro imunizante completamente desenvolvido no Brasil em forma de spray nasal — diferentemente dos demais autorizados até então, que são em injeção.
Segundo indícios clínicos, a forma de aplicação ajuda a estimular uma forte resposta local, combatendo com eficiência o novo coronavírus.
Os cientistas preveem o acompanhamento de 280 voluntários, com idade de 18 a 59 anos, dos quais 180 vão receber a vacina e 90, placebo.
Segundo os pesquisadores, a produção é descomplicada por ser 100% nacional. Outro fator logístico importante é a adaptabilidade a diversas temperaturas.
A chamada fase 1/2 vai analisar a segurança e a eficácia da vacina, que é a capacidade de produzir anticorpo e os efeitos adversos que ela pode trazer em indivíduos que já receberam as duas doses da AstraZeneca.
Reunião
Na terça-feira (19/10), a agência reguladora conheceu o projeto e encaminhou orientações os desenvolvedores em relação aos parâmetros técnicos e formatos esperados para esse tipo de produto.
No mês de agosto, a Anvisa publicou a resolução RDC 534/2021 que permite às universidades públicas a Submissão Contínua de Desenvolvimento Clínico de vacinas para permitir a análise preliminar das informações referentes ao projeto de desenvolvimento das vacinas.
Um remédio contra a Covid-19 no mesmo formato é testado em Israel. A proposta de lá prevê que a fórmula deve ser administrada diariamente, uma vez por dia, durante cinco dias. O remédio está em sua primeira fase clínica e já foi testado pela primeira vez em seres humanos.