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Pediatras pedem punição de Bia Kicis por vazar dados de especialistas

Profissionais favoráveis à vacinação infantil tiveram dados pessoais expostos depois de audiência pública do Ministério da Saúde sobre tema

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Audiência pública sobre a vacinação contra a Covid-19 em crianças entre 5 e 11 anos
1 de 1 Audiência pública sobre a vacinação contra a Covid-19 em crianças entre 5 e 11 anos - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) manifestou em repúdio ao vazamento de dados de profissionais favoráveis à vacinação infantil contra a Covid-19. Depois de audiência pública promovida pelo Ministério da Saúde sobre o tema, especialistas que falaram a favor da imunização do público tiveram dados pessoais expostos em grupos e perfis antivacinação, atitude depois admitida pela deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

“Situação insólita, que não dialoga em nada com os princípios da ética e da moralidade”, define a SBP. A instituição expõe que os especialistas vítimas do vazamento foram colocados em “situação de vulnerabilidade, sendo alvos de ameaças e intimidações pelo seu posicionamento em relação ao tema da vacinação de crianças contra a Covid-19”.

A SBP tomou medidas legais contra o episódio, atribuído à deputada Bia Kicis, que já enfrenta representações encabeçadas pelo PT, PSol e Associação Médica Brasileira (AMB). O grupo procurou a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) para enquadrar a exposição pela deputada nos pressupostos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

“A Sociedade Brasileira de Pediatria entende que o gesto praticado pela deputada Bia Kicis não pode ficar impune”, diz a insituição, em nota.

Além disso, o orgão também pede a investigação dos fatos pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.

“Espera-se de agentes públicos, como uma deputada federal, a compreensão dessa responsabilidade de obediência legal que é condizente com seu papel na sociedade. Nada justifica a não observação desse compromisso que, sem a devida punição, pode ser quebrado em outras oportunidades, mais uma vez deixando indivíduos e/ou instituições em situação de risco”, destaca o pronunciamento.

Entenda o caso

A inclusão de crianças na Campanha Nacional de Imunização contra a Covid-19 tem despertado reações extremas do grupo contrário à medida. Durante audiência pública promovida no pultimo dia 4, uma das estratégias utilizadas pelos antivax foi a exposição de dados pessoais dos especialistas favoráveis à vacinação ouvidos na ocasião.

Em comunidades on-line, como grupos do Telegram ou contas no Twitter, foram compartilhadas fotos das declarações de conflito de interesse que seriam de profissionais como Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações; Marco Aurélio Sáfadi, representante da Sociedade Brasileira de Pediatria e Renato Kfouri, pediatra e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações.

Os documentos foram divulgados com a intenção de sustentar a hipótese de que os especialistas estariam a serviço da Pfizer, empresa farmacêutica que desenvolveu o imunizante aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para crianças de 5 a 11 anos.

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