Pedia para que fosse enterrada como ela é, diz amiga de trans sepultada de terno e bigode
Alana morreu no domingo (10/10) e foi enterrada na segunda-feira (11/10), em Aracaju, com paletó, barba e bigode
atualizado
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Uma amiga de Alana — travesti que foi enterrada pela família “como homem cisgênero”, com terno, gravata e bigode — disse, em entrevista ao jornal O Globo, que ficou impressionada ao vê-la de uma maneira totalmente diferente do gênero que assumiu em vida.
“O que ela mais me pedia, mesmo antes de falecer ou de chegar a ir ao hospital, era para que eu cuidasse para que ela fosse enterrada como ela é, e não foi o que aconteceu”, disse a amiga, que também é uma mulher trans.
Alana foi enterrada na segunda-feira (11/10), em Aracaju, Sergipe. Ela tinha 30 anos, e lutava contra complicações de uma doença que atingiu os seus pulmões. A vereadora Linda Brasil (PSol) usou suas redes sociais para se posicionar sobre o assunto.
No Twitter, a vereadora disse que estava indignada e declarou que “não é porque é da família que há legitimidade para praticar transfobia deliberadamente”.
No calor da indignação acabei não detalhando (e até por respeito à vítima mesmo), mas esse caso foi sim aqui em Aracaju. Precisamos dar um basta nessa romantização de relações familiares que desrespeitam e negligenciam nossas vidas, identidades e existências.
— Linda Brasil 🏳️⚧️ 💉 (@lindabrasilse) October 11, 2021
Inclusive, protocolei um projeto de lei de respeito ao nome social em consonância à identidade de gênero em lápides, jazigos e demais documentos relacionados, mas infelizmente ele não foi entendido como dentro dos parâmetros da constitucionalidade.https://t.co/HEgA6Dzcsb
— Linda Brasil 🏳️⚧️ 💉 (@lindabrasilse) October 11, 2021