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“Peça perdão e recolha-se”, diz presidente do TRF-3 a Arthur do Val

Em discurso no momento da posse dela, a desembargadora Marisa Santos repudiou as falas sexistas do deputado

atualizado

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Divulgação/Conjur
Presidente do TRF-3, Marisa Santos
1 de 1 Presidente do TRF-3, Marisa Santos - Foto: Divulgação/Conjur

A presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), desembargadora Marisa Santos, discursou contra o sexismo na política e a fala do deputado Arthur do Val (Podemos) sobre mulheres ucranianas. As declarações vieram durante a posse dela no cargo, na terça-feira (8/3).

“Senhor parlamentar, peça perdão à sua mãe, peça perdão por desonrar um dos poderes da República, peça perdão por desonrar a República e depois recolha-se à insignificância dos medíocres.”

No mesmo dia, o deputado fez uma transmissão ao vivo na qual reclamou que “as coisas têm ido longe demais” e que será cassado “em três dias, um recorde”.

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Dono do canal MamãeFalei, no YouTube, Arthur se autodeclara liberal e utiliza a plataforma de vídeo para disseminar suas ideias. Com mais de 2 milhões de seguidores, Arthur ocupa considerável espaço na direita conservadora do Brasil
Durante um tempo, foi apoiador ferrenho de Jair Bolsonaro mas, em 2019, assumiu pensamento convergente ao do MBL
Em 2018, após se filiar ao DEM, o youtuber foi eleito deputado estadual de São Paulo. Em novembro de 2019, no entanto, foi expulso do partido sob o pretexto de ter atitudes divergentes às ideias da sigla
Em 2020, Arthur se filiou ao Patriota e disputou a prefeitura da cidade de São Paulo, terminando na quinta colocação. Focado em disputar o Palácio dos Bandeirantes nas eleições de 2022, do Val se filiou ao Podemos
No final de fevereiro deste ano, em meio à guerra na Ucrânia, o deputado e o coordenador do MBL, Renan Santos, viajaram para o país europeu
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Arthur Moledo do Val, nascido em 1986, é um deputado, empresário e youtuber brasileiro. Natural de São Paulo, fez parte do Movimento Brasil Livre (MBL) e já foi filiado ao Democratas (DEM), Patriota e ao Podemos (PODE). Atualmente está filiado ao União Brasil

Reprodução/Instagram
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Dono do canal MamãeFalei, no YouTube, Arthur se autodeclara liberal e utiliza a plataforma de vídeo para disseminar suas ideias. Com mais de 2 milhões de seguidores, Arthur ocupa considerável espaço na direita conservadora do Brasil

Arquivo pessoal
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Durante um tempo, foi apoiador ferrenho de Jair Bolsonaro mas, em 2019, assumiu pensamento convergente ao do MBL

Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 2018, após se filiar ao DEM, o youtuber foi eleito deputado estadual de São Paulo. Em novembro de 2019, no entanto, foi expulso do partido sob o pretexto de ter atitudes divergentes às ideias da sigla

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Em 2020, Arthur se filiou ao Patriota e disputou a prefeitura da cidade de São Paulo, terminando na quinta colocação. Focado em disputar o Palácio dos Bandeirantes nas eleições de 2022, do Val se filiou ao Podemos

Fábio Vieira/Metrópoles
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No final de fevereiro deste ano, em meio à guerra na Ucrânia, o deputado e o coordenador do MBL, Renan Santos, viajaram para o país europeu

Fábio Vieira/Metrópoles
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Segundo eles, o objetivo do grupo na Ucrânia era conversar com pessoas que estão enfrentando a guerra. Renan afirmou que o convite foi feito a eles por ativistas que participaram dos protestos ucranianos de 2014, batizados de Euromaidan

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Contudo, dias após chegarem ao país europeu, Arthur do Val teve áudios vazados com comentários machistas e sexistas contra policiais e refugiadas ucranianas. Em um deles, o deputado utiliza termos escatológicos, afirmando que as mulheres são “fáceis, porque são pobres” e que “eram minas que se ela cagar você limpa o cu delas com a língua”

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A repercussão negativa dos comentários de Arthur fez com que ele declinasse da disputa pelo estado de São Paulo e se desligasse do Podemos. Além disso, a ação do deputado ainda lhe rendeu uma série de comentários negativos no Brasil e no Mundo. Apesar disso, logo após as falas sexistas, Arthur do Val se filiou ao União Brasil

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No entanto, essa não é a primeira vez que o político se envolveu em polêmicas. Em 2016, Arthur foi acusado de assediar uma jovem de 17 anos. Em 2018, causou repulsa ao falar que não era a Patrícia Pillar, após Ciro Gomes bater na cabeça dele. Em 2020, foi condenado pela Justiça por ataques ao Padre Júlio Lancelloti, entre outras

Reprodução/Facebook

“Tem um processo de cassação contra mim e eu vou ser cassado em três dias, esse é o recorde de tempo. E quando você é cassado você perde seus direitos políticos por oito anos. Eu vou ser cassado em três dias porque meu áudio vazou. É um momento de tristeza, sinceramente. É o que eu mereço, ser cassado? Eu acho que não, mas cada um faz o seu julgamento”, falou.

Toda a situação teve início quando o deputado estava na Ucrânia, sob o pretexto de auxiliar a resistência local contra a invasão russa, e enviou áudios a colegas do Movimento Brasil Livre (MBL) com uma série de comentários machistas sobre as refugiadas ucranianas.

Nas mensagens, o parlamentar afirma que as refugiadas que ele encontrou na fronteira entre a Eslovênia e a Ucrânia “são fáceis, porque são pobres”, entre outras afirmações que causaram indignação nas redes sociais.

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