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PEC da Transição: destaque do Novo pode criar barreira fiscal para Lula

Aprovada em primeiro turno na madrugada de terça-feira (20/12), a PEC passa por apreciação em segundo turno nesta quarta-feira (21/12)

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida mostra o plenário da Câmara dos Deputados durante sessão - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Um destaque apresentado pelo partido Novo na votação da PEC da Transição pode dificultar a criação de âncora fiscal — regra que limita o crescimento das despesas públicas à variação da inflação — pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente eleito, em 2023.

Aprovada em primeiro turno na madrugada de terça-feira (20/12), a PEC passa por apreciação em segundo turno nesta quarta-feira (21/12). O destaque do Novo será votado durante a sessão de hoje.

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Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, durante sessão
Plenário da Câmara dos Deputados
Arthur Lira presidente sessão na Câmara dos Deputados
Câmara dos Deputados durante deliberação
Presidente da Câmara, Arhur Lira
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Mesa da Câmara durante sessão

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Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, durante sessão

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Arthur Lira presidente sessão na Câmara dos Deputados

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Câmara dos Deputados durante deliberação

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Presidente da Câmara, Arhur Lira

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Câmara dos Deputados durante deliberação de matéria

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Presidente Arthur Lira presidindo sessão

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Deputado Elmar Nascimento, relator da PEC da Transição na Câmara, conversando com o presidente da Casa, deputado Arthur Lira

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A alteração sugerida pelo partido propõe a retirada do dispositivo que dá permissão ao governo eleito para enviar, até 31 de agosto de 2023, sugestão de nova âncora fiscal a fim de substituir o teto de gastos.

O texto da PEC acatado no Senado no início de dezembro previa que a nova âncora fiscal poderia ser aprovada por meio de lei complementar, sem necessidade de emenda constitucional. Nesse caso, o projeto necessitaria de 257 votos favoráveis na Câmara dos Deputados, e 41 no Senado Federal.

Caso o destaque do Novo seja aprovado, o governo terá de travar negociações no próximo ano para aprovar nova PEC, que depende de mais votos favoráveis: 308 deputados e 49 senadores em dois turnos, em ambas as Casas.

PEC da Transição

A PEC, sugerida por Lula, é considerada essencial para que as promessas de campanha sejam cumpridas e o valor do Bolsa Família permaneça em R$ 600 em 2023.

No primeiro turno da Câmara, foram 331 votos favoráveis e 168 contrários. A expectativa era de que a PEC fosse votada em dois turnos no mesmo dia. No entanto, após 15h, a sessão na Câmara foi encerrada por volta da meia-noite.

Os deputados fizeram alterações no texto aprovado pelo Senado Federal. A vigência da proposta, por exemplo, foi reduzida de dois para um ano.

A Câmara também retirou trecho que previa que a equipe de transição poderia apresentar sugestões de onde serão usados os R$ 145 bilhões da ampliação do teto de gastos. De acordo com o texto, a escolha será feita pelo Congresso e pelo relator do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI). Ao todo, o texto prevê impacto de R$ 168 bilhões.

Os deputados aprovaram a PEC após série de reuniões da equipe do governo eleito com o presidente da Casa, Arthur Lira, que recebeu o grupo na Residência Oficial nos últimos dias para costurar um acordo com parlamentares da base e do chamado Centrão.

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