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PDT aciona PGR contra sigilo a agendas entre Bolsonaro e pastores

Planalto decretou sigilo sobre a lista de encontros entre Bolsonaro e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura

atualizado

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Cerimônia de Lançamento do Certificado de Crédito de Reciclagem - Recicla+ e do Plano Nacional de Resíduos Sólidos
1 de 1 Cerimônia de Lançamento do Certificado de Crédito de Reciclagem - Recicla+ e do Plano Nacional de Resíduos Sólidos - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O PDT pediu, nesta quinta-feira (14/4), que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste a respeito do sigilo decretado pelo governo federal a encontros entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e pastores envolvidos em esquema de corrupção no Ministério da Educação (MEC).

Na quarta-feira (13/4), o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), do Palácio do Planalto, impôs sigilo sobre a lista de encontros entre Bolsonaro e os religiosos Gilmar Santos e Arilton Moura.

Os pastores são suspeitos de pedirem propina para prefeitos em troca da liberação de recursos do MEC. Os dois estão sendo investigados pela Polícia Federal e negam irregularidades.

Segundo o partido, o sigilo sobre as informações viola o Direito Constitucional de acesso à informação e os princípios de transparência.

“Não se fazem necessário esforços hercúleos para vislumbrar que os atos públicos devem ser realizados à luz o dia, visto que a atuação dos agentes estatais não deve estar voltada para o alcance de interesses e ambições pessoais”, consta no documento elaborado pelo partido.

A sigla pede que a PGR determine que o Planalto “evite a decretação de sigilo nas visitas realizadas pelos pastores lobistas que estão sendo alvo de investigação enquanto perdurarem as diligências investigativas” desferidas pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Pastores na Esplanada

Levantamento realizado pelo Metrópoles aponta que os pastores do MEC tiveram reuniões em vários ministérios desde 2019. Imagens gravadas durante cultos de Gilmar Santos registram o pastor contando sobre suas reuniões com o presidente da República a dois deputados.

Há também registros de vários encontros do líder da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil em uma série de outros gabinetes da Esplanada, em Brasília.

O religioso circula com desenvoltura pelo primeiro escalão do governo Jair Bolsonaro (PL) desde o início do mandato do presidente. Em um dos vídeos, Santos conta que, no primeiro encontro, em abril de 2019, relatou o apoio de seus pastores na Região Nordeste a Bolsonaro. O chefe do Executivo federal teria reagido com o pedido de uma nova reunião, mais extensa, “de uma hora”.

 

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