PCGO coleta DNA de condenados por estupro para banco de dados nacional
Operação que começou nessa terça-feira (23) segue até quinta (25/11) e tem como objetivo a identificação criminal de 400 condenados
atualizado
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Goiânia – A Polícia Civil de Goiás (PCGO) realiza uma ação inédita e conjunta com outros órgãos da Segurança Pública (Polícia Penal e Superintendência da Polícia Técnico-Científica), denominada Operação Obsidiana. O objetivo é coletar material genético e identificar criminalmente 400 condenados por estupro e homicídios.
A operação que começou nessa terça-feira (23/11) segue até quinta-feira (25/11), data em que é celebrado o Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres. A ação é coordenada pelo Grupo Estadual de Repressão a Estupros (Gere) e pela Gerência de Identificação da PCGO.
De acordo com a corporação, o trabalho deve atender, ao todo, 400 condenados por estupro e homicídios que cumprem pena em regime externo (aberto ou semiaberto). As coletas, por meio da saliva, ocorrem na sede da Escola Superior da Polícia Civil (ESPC), com organização dos policiais civis e escolta da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE/GT3).
Conforme explicação da PC, o material biológico deve integrar o Banco Nacional Genético, servindo de base de dados para o trabalho da corporação. Os alvos da operação são condenados pelos crimes de estupro e homicídio ocorridos na Região Metropolitana de Goiânia.
Matchs
O Grupo Estadual de Repressão a Estupros (Gere) investiga delitos de estupro com violência e sem autoria definida, valendo-se, sobretudo, de laudos periciais e matchs. O match ocorre quando há coincidência genética entre o material colhido na vítima e o do autor ou quando há coincidência no material recolhido em local de crime com o autor do crime. Desta forma, é feita a comparação do material e identificação do autor pela coincidência genética.
Foram intimados para coleta 133 condenados por dia. O serviço começa às 8h e segue até a conclusão das atividades. Na ação, trabalham 8 papiloscopistas, 13 peritos do DNA forense, policiais civis e policiais penais que realizaram as intimações. Nos dois primeiros dias da operação, mais de 248 condenados tiveram seu DNA e e identificação criminal coletados.