PCGO bloqueia R$ 20 milhões de grupo suspeito por pirâmide financeira
Esquema de pirâmide financeira envolvia criptomoedas e, segundo a Polícia Civil, pode ter mais de 300 pessoas lesadas
atualizado
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Goiânia – A Polícia Civil de Goiás (PCGO) fez a primeira apreensão de criptomoedas in loco e bloqueou R$ 20 milhões em contas de um grupo suspeito de pirâmide financeira. O esquema pode ter causado prejuízos a centenas de pessoas. A empresa tinha sede em Bela Vista de Goiás, na região metropolitana de Goiânia.
Entre os presos na operação Octopus, deflagrada na última sexta-feira (26/11), estão o homem suspeito de ser o cabeça do grupo, sua namorada e o pai dele, presos na capital. Também foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, que recolheram dois veículos de luxo, dispositivos eletrônicos, documentos, valores em espécie e três armas de fogo.
Operação Octopus
A investigação, que durou aproximadamente 3 meses, revelou uma estrutura organizada, com divisão de tarefas, baseada na oferta de serviço, a título de corretagem, de intermediação de apostas em jogos esportivos e investimentos em criptoativos (instituições financeiras com renda variável). O grupo investigado prometia lucro certo de 50% ao mês no início das atividades (primeiro semestre de 2020) e 30% em período mais recente.
De acordo com o delegado Webert Leonardo, que coordena a investigação, o valor apreendido em criptomoedas foi de R$ 2 mil. Apesar de um montante baixo, a ação foi inédita para a corporação.
Os suspeitos podem responder na Justiça por organização criminosa, lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular. A investigação continua com o objetivo de tentar encontrar outras pessoas que podem ter ajudado o funcionamento do esquema.