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PCC paga “mesada” a 210 líderes presos e assassinos de servidores

Integrantes do Primeiro Comando da Capital são alvos de megaoperação da PF, que cumpre 422 mandados de prisão no DF e em 19 estados

atualizado

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divulgação/ polícia federal
Polícia Federal faz operação para evitar expansão do PCC no Rio
1 de 1 Polícia Federal faz operação para evitar expansão do PCC no Rio - Foto: divulgação/ polícia federal

O Primeiro Comando da Capital (PCC) paga auxílio mensal a lideranças e faccionados que executaram missões de risco, como o assassinato de servidores públicos. A informação foi confirmada pela Polícia Federal durante as investigações da Operação Caixa Forte, cuja segunda fase foi deflagrada nesta segunda-feira (31/8).

Os policias identificaram os responsáveis pelo chamado “Setor do Progresso” da facção. Ficou comprovado que valores arrecadados com o tráfico de entorpecentes eram, em parte, canalizados para inúmeras outras contas bancárias da facção, inclusive para as do “Setor da Ajuda”, responsável por recompensar membros da facção recolhidos em presídios.

Foram identificados 210 integrantes do alto escalão da facção, presos em penitenciárias federais, que recebiam valores mensais por terem ocupado cargos de relevância na organização criminosa ou executado missões determinadas pelos líderes como, por exemplo, execuções de servidores públicos. A investigação é conduzida pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), da PF.

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Mais de 600 mandados foram cumpridos
Cerca de R$ 6 milhões em moeda nacional e estrangeira foram localizados
Operação mobilizou mais de mil policiais
Criminosos recebiam ajuda de custo
Dinheiro apreendido
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Ação irá ocorrer em todo território nacional

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Mais de 600 mandados foram cumpridos

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Cerca de R$ 6 milhões em moeda nacional e estrangeira foram localizados

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Operação mobilizou mais de mil policiais

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Criminosos recebiam ajuda de custo

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Dinheiro apreendido

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Para garantir o recebimento do “auxílio”, os integrantes do grupo indicavam contas de terceiros não pertencentes à facção para que os valores, oriundos de atividades criminosas, ficassem ocultos e supostamente fora do alcance do sistema de justiça criminal.

O próprio líder do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, que está preso na Penitenciária Federal de Brasília, é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de ter ordenado a morte de servidor. O alvo era o promotor de Justiça Lincoln Gakiya e o chefe da Coordenadoria dos Presídios da Região Oeste do Estado (Croeste), Roberto Medina.

O plano para matar o promotor e Medina foi descoberto em dezembro de 2018. Bilhetes codificados com informações sobre o crime foram encontrados durante revista a companheiras de presos que dividiam a cela com Marcola.

 

Operação Caixa Forte
Durante a operação deflagrada nesta segunda-feira (31/8), a maior da história da PF no combate a facções criminosas no Brasil, os policiais encontraram mais de R$ 6 milhões em moeda nacional e estrangeira — R$ 2 milhões e R$ 730 mil dólares, encontrados em Santos (SP).

A ação envolve cerca de 1.100 policiais federais, que cumprem 623 ordens judiciais, sendo 422 mandados de prisão preventiva e 201 de busca e apreensão, em 19 estados e no Distrito Federal, além do bloqueio judicial de até R$ 252 milhões. Todos os mandados foram expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte (MG).

Os presos são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cujas penas podem chegar a 28 anos de prisão.

 

 

A atuação da Polícia Federal visa desarticular a organização criminosa por meio de sua descapitalização, atuando em conformidade com as diretrizes do órgão de enfrentamento à criminalidade organizada por meio da abordagem patrimonial, além da prisão de lideranças.

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