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Pazuello presta depoimento à PF sobre crise sanitária em Manaus

Polícia Federal abriu inquérito na última sexta-feira (29/1) para apurar responsabilidade de Pazuello na crise da capital do Amazonas

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Eduardo Pazuello, ministro da saúde
1 de 1 Eduardo Pazuello, ministro da saúde - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, começou a prestar depoimento, na tarde desta quinta-feira (4/2), à Polícia Federal (PF), no âmbito do inquérito que investiga a conduta do governo federal na crise sanitária do Amazonas.

Por determinação do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal abriu inquérito na última sexta-feira (29/1) para apurar as ações do titular da Saúde.

Lewandowski atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), com base em representação apresentada pelo partido Cidadania. Com isso, Eduardo Pazuello passou a ser formalmente investigado na Corte.

Nessa mesma decisão, Lewandowski também mandou a PF ouvir o ministro, no prazo de cinco dias a partir da intimação. A corporação terá dois meses para concluir o inquérito.

Caos no Amazonas

Manaus (AM) tem vivido semanas de caos na saúde pública, em decorrência da explosão no número de casos de Covid-19. Houve falta de oxigênio nas unidades de saúde, o que levou à morte pacientes que necessitavam do tratamento hospitalar. Ao menos 424 pacientes tiveram que ser transferidos para outros estados, devido ao colapso na rede pública de saúde local.

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Após chamado no bairro 10 de Novembro, em Manaus, equipe da SOS Funeral retira corpo de vítima da Covid-19 e leva para Cemitério Nossa Senhora Aparecida
A capital do Amazonas sofreu com a falta de oxigênio em janeiro
Em Manaus, familiares de pacientes com Covid-19 fizeram filas enormes para reabastecer cilindros de oxigênio, no Carboxi Gases
Avião decola de Brasília para Manaus com 10 tanques de oxigênio
Pacientes com Covid-19 sofreram com a falta de leitos de UTI e de oxigênio, em Manaus (AM), no início deste ano
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Após chamado no bairro 10 de Novembro, em Manaus, equipe da SOS Funeral retira corpo de vítima da Covid-19 e leva para Cemitério Nossa Senhora Aparecida

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A capital do Amazonas sofreu com a falta de oxigênio em janeiro

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Em Manaus, familiares de pacientes com Covid-19 fizeram filas enormes para reabastecer cilindros de oxigênio, no Carboxi Gases

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Pacientes com Covid-19 sofreram com a falta de leitos de UTI e de oxigênio, em Manaus (AM), no início deste ano

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Pacientes precisaram ser transferidos do Amazonas para outros estados, após colapso do sistema de saúde em meio à pandemia de Covid-19

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No pedido de abertura do inquérito, a PGR afirma que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre um possível colapso do sistema de saúde na capital do Amazonas ainda em dezembro. Entretanto, só enviou representantes ao estado em janeiro deste ano.

A denúncia aponta indícios de atraso no envio efetivo de oxigênio hospitalar aos municípios amazonenses.

Além disso, dentre as providências adotadas pelo governo e relatadas ao STF, está o envio de 120 mil unidades de hidroxicloroquina, fármaco apontado pelo governo como medicamento para tratar a Covid-19.

Responsabilização

Ao relatar a necessidade da investigação, o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, classificou como “gravíssimos” os fatos imputados ao ministro.

“Considerando que a possível intempestividade nas ações do representado, o ministro Eduardo Pazuello, o qual tinha dever legal e possibilidade de agir para mitigar os resultados, pode caracterizar omissão passível de responsabilização cível, administrativa e/ou criminal”, diz Aras.

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