metropoles.com

Pazuello nomeia defensor do eletrochoque para área de saúde mental

Rafael Bernardon Ribeiro atuará no Departamento de Ações Estratégicas, da Secretaria de Atenção Primária à Saúde

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Youtube
Rafael Bernardon Ribeiro
1 de 1 Rafael Bernardon Ribeiro - Foto: Reprodução/Youtube

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, nomeou defensor do eletrochoque ao cargo de coordenador-geral de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (18/2).

Rafael Bernardon Ribeiro atuará no Departamento de Ações Estratégicas, da Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Ele é diretor técnico do Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental da Universidade Federal de São Paulo (Univesp).

Portaria Nº 271, De 17 de Fevereiro de 2021 – Portaria Nº 271, De 17 de Fevereiro de 2021 – Dou – Imprensa… by Rebeca Borges on Scribd

Em entrevista ao Canal da Psiquiatria, publicada em 2013, Bernardon defendeu o procedimento. “A eletroconvulsoterapia é um tratamento usado na medicina desde 1938. E ele persiste justamente por ser muito bom. Ele tem uma resposta da ordem de 90%. O paciente tem algum benefício em nove de cada 10 casos”, afirmou.

“Consiste em passagem de uma corrente elétrica de baixa intensidade, totalmente controlada, quando o paciente está anestesiado. Ele está dormindo, com a musculatura paralisada”, explica o professor.

“Procedimento seguro”

Apesar de gerar opiniões controversas, a eletroconvulsoterapia — ou eletrochoque — é descrita pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) como um “procedimento médico seguro e indicado para tratamento de transtornos psiquiátricos graves que põem em risco a integridade do paciente”.

Em 2018, ano de transmissão da novela “O Outro lado do Paraíso”, na TV Globo, a associação repudiou o tratamento que o programa de televisão deu à questão. No enredo, uma das personagens foi diagnosticada como psicopata e submetida ao eletrochoque. O caso foi criticado pela ABP, que considerou a cena um “desserviço à população”.

“A Eletroconvulsoterapia – ECT, ou eletroconvulsão terapêutica, é usada para fins de tratamento em diagnósticos específicos e salva vidas, portanto, ser exibida na novela de maneira pejorativa e para fins de punição é extremamente danoso e gerador de preconceito. Para ser utilizada, a técnica deve ser precedida por um diagnóstico preciso e o procedimento segue diretrizes estabelecidas por resolução do Conselho Federal de Medicina, observando todos os cuidados com a saúde e a vida. O paciente deve ser anestesiado, recebendo uma baixa corrente elétrica que induz à convulsão, com duração de cerca de 30 segundos. A técnica é eficaz e segura e seu sucesso terapêutico é destacado por múltiplos estudos relacionados ao tema, publicados em periódicos de grande destaque científico e o procedimento feito nas principais universidades brasileiras”, disse a associação.

 

Nota O Outro Lado Do Paraiso by Rebeca Borges on Scribd

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?