Pazuello nega boicote e diz que ministério vai mostrar “100% dos dados”
As declarações foram dadas nesta terça-feira (09/06) durante a reunião do conselho de ministros com o presidente Jair Bolsonaro
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, comentou, pela primeira vez, as mudanças no modelo de contagem de dados de adoecimentos e mortes por Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Segundo ele, a nova metodologia, contrariando avaliações, inclusive da Organização Mundial da Saúde (OMS), traz mais transparência.
As declarações foram dadas nesta terça-feira (09/06) durante a reunião do conselho de ministros com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Os dados precisam ser completos e sem nenhum tipo de dificuldade de acesso. Há 20 dias, conversei com o presidente para achar uma solução para captar os dados desde o início da pandemia. Os somatórios estão todos disponíveis. Foram 20 dias desenvolvendo”, afirmou.
O general garantiu que as informações ficarão disponíveis e serão atualizadas “24 horas por dia” na plataforma que será lançada . “Não existe hora [para divulgação]. Ele estará pronto quando ele chegar, for compilado e todos terão acesso 24 horas aos dados”, detalhou.
Pazuello negou que o Ministério da Saúde esteja sonegando informações. Nos últimos dias, os dados foram divulgados com atrasos, com erros e até a plataforma usada foi retirada do ar.
“Os dados são completos, desde a primeira morte. Todos os dados de contaminados estarão lá desde o primeiro dia. Hoje, temos dois grandes números: contaminações e óbitos. Estamos trabalhando o número de ocupação de UTIs e de curados. Estamos trabalhando para mostrar 100% dos dados”, salientou.
Segundo Pazuello, o modelo adotado pelo governo desde o início da pandemia não era “digno”. “[Mostrar o] acumulado de mortes e contaminados do Brasil não era uma informação digna para mostrar para o povo brasileiro. Hoje temos condições de analisar a progressão de dados de todos os dias. Não tem nada com o número de óbitos ou de adoecimentos”, frisou.
O ministro interino disse que colocar o óbito no dia que morreu e não no dia do boletim traz luz para “a verdadeira curva”, de modo que possibilita “saber o que está acontecendo”. “O lançamento no dia que morreu permite uma ação mais efetiva”, defendeu.