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Pazuello esperou mortes por falta de oxigênio para agir no AM, diz MPF

Ministério Público aponta que governos federal e estadual não elaboraram, de imediato, plano para transferência de pacientes de Manaus

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Ministro da saúde eduardo pazuello coletiva saida 3
1 de 1 Ministro da saúde eduardo pazuello coletiva saida 3 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello esperou a morte de pacientes com Covid-19 por falta de oxigênio, no Amazonas, para agir na crise sanitária, conclui o Ministério Público Federal (MPF).

Por essa e ao menos outras quatro falhas, o general foi denunciado na terça-feira (13/4) por improbidade administrativa.

O secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campelo; o coordenador do Comitê de Crise do Amazonas, Francisco Ferreira Máximo Filho; e três secretários do Ministério da Saúde também são alvo da ação do MPF.

Segundo a procuradoria, a fila de pacientes com a doença e à espera de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) começou a se formar em 5 de janeiro deste ano.

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A capital do Amazonas sofreu com a falta de oxigênio em janeiro
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Nessa época, relembra o MPF, as curvas de contaminação, hospitalização e óbitos estavam em aclive. Ou seja, já se esperava o agravamento da situação nos dias seguintes, com possível pico entre 14 e 15 de janeiro.

“Em resumo, já entre 5 e 8 de janeiro, desenhava-se situação extremamente trágica: formavam-se filas para transferências para leitos clínicos e de UTIs, havia perspectiva de crescimento contínuo e exponencial das hospitalizações até 15 de janeiro, e não havia condições de disponibilização de leitos suficientes, pois um dos insumos mais básicos – oxigênio – já rareava”, assinala.

Os governos federal e estadual, no entanto, teriam ficado inertes.

Eles não determinaram de imediato a elaboração de plano para transferência dos pacientes excedentes de Manaus a outros estados – o que só ocorreu em 15 de janeiro, após as mortes por falta de oxigênio.

Mas a possibilidade de transferir pacientes foi aventada expressamente no dia 12 de janeiro, mostram documentos do Comitê de Crise.

Na ocasião, foi expressa a possibilidade de transferir pacientes a outros estados, mas optou-se por esperar o agravamento da situação. Veja trecho da ata da reunião:

“Planejamento de Evacuação de Pacientes para Goiás – via aérea. (…) A empresa aérea já aceitou e está se estruturando para realizar a transferência dos pacientes moderados para outros estados, estado de primeira escolha Goiás, município Goiânia, observadas a segurança da empresa aérea e as barreiras sanitárias. (…) Essa decisão só será tomada em situação extremamente crítica.”

Além disso, o MPF aponta também que, após 15 de janeiro, quando se deu início à operação, a transferência de pacientes foi vagarosa.

“Resultado da falta de planejamento e da omissão em antecipar medidas, como as acima indicadas, para tornar a transferência mais aceitável aos pacientes e eficaz”, prossegue o Ministério Público.

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