Pazuello diz ser possível registro definitivo de vacina já em dezembro
Toda a população brasileira deverá estar vacinada apenas no início do segundo semestre de 2021, segundo previsão do ministro
atualizado
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O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, disse na manhã desta quinta-feira (10/12), em entrevista à rádio Jovem Pan, que é possível ter o registro definitivo no Brasil da vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela farmacêutica Pfizer já em dezembro.
A legislação brasileira permite, na pandemia, a autorização excepcional para a importação de vacinas sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) caso o medicamento seja aprovado em uma das quatro autoridades sanitárias estrangeiras.
“Estamos falando em hipóteses ainda. Estamos falando que é provável que a gente tenha o registro efetivo da FDA [Food and Drug Administration] para a Pfizer agora em dezembro, nos Estados Unidos, e isso vai acelerar o processo de registro no Brasil”, disse o general.
Além da FDA, as seguintes agências internacionais também podem influir na liberação de vacinas para o Brasil: European Medicines Agency (EMA); Pharmaceuticals and Medical Devices Agency (PMDA); National Medical Products Administration (NMPA).
“A realidade é que nós não temos ainda vacina registrada no mundo. O que nós temos são utilizações emergenciais, como na Inglaterra e nos Estados Unidos”, completou o ministro, em referência a dois países que estão com o plano de vacinação avançado.
O general também considerou a possibilidade de adiantar o registro emergencial — que difere do registro definitivo — da vacina para dezembro. Neste caso, no entanto, o medicamento seria aplicado para “grupos muitos restritos”, que não foram especificados pelo ministro.
“Já temos previsão de receber 70 milhões de doses da Pfizer e, sim, tentaremos adiantar de janeiro para o quanto antes para começar a vacinar. O ideal é já começar com o registro. Agora, o uso emergencial é uma segunda possibilidade”, afirmou Eduardo Pazuello.
O ministro disse acreditar que somente no início do segundo semestre do ano que vem toda a população brasileira vai estar vacinada. “Quando nós conseguirmos vacinar o suficiente para reduzirmos o contágio, a gente consegue entrar na normalidade”.