Pazuello diz que Brasil receberá, no máximo, três opções de vacina
Ministro acredita que fabricantes não conseguem oferecer cronograma compatível com o país, que receberá 15 milhões de doses em janeiro
atualizado
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O ministro da Saúde Eduardo Pazuello acredita que o Brasil receberá, no máximo, três opções de vacinas contra o novo coronavírus. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (02/12), em audiência pública convocada pelo Senado Federal para prestar esclarecimentos sobre testes estocados da Covid-19.
Para o ministro, a baixa quantidade de imunizantes recebidas será motivada pela dificuldade das fabricantes em oferecer um cronograma efetivo para o Brasil, de acordo com as características do país.
“Ficou muito claro que são poucas as fabricantes que têm a quantidade e o cronograma de entrega efetivo para o nosso país. Grandes quantidades de opções se reduzem a uma, duas, três. A maioria fica com números muito pequenos para o nosso país”, disse, ressaltando a parceria Fiocruz e AstraZeneca que trará 15 milhões de doses em janeiro para o Brasil.
O ministro ainda afirmou que existe uma grande competição de venda entre as fabricantes, “uma campanha publicitária”, mas que poucas empresas têm capacidade de atender países como o Brasil.
Pazuello falou sobre o assunto durante uma audiência pública organizada por parlamentares do Senado Federal que cobraram esclarecimentos sobre o estado dos testes estocados. O evento teve início às 9h30. O ministro não participou da audiência até o final, pois tinha uma agenda com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Plano de vacinação
Segundo o chefe da Saúde, a expectativa é de que a vacina não seja obrigatória. O ministério aguardará posicionamento do Superior Tribunal Federa (STF) sobre a obrigatoriedade do imunizante, mas que espera que a campanha de conscientização tenha “excelência”.
O ministro falou sobre o Plano de Vacinação, divulgado na terça-feira (1º/12). Ele ressaltou a parceria entre a Fiocruz e a AstraZeneca para a compra da vacina desenvolvida em Oxford. Pazuello disse que, entre janeiro e fevereiro de 2021, o Brasil receberá 100 milhões de doses do imunizante – 15 milhões só em janeiro.
A partir do segundo semestre, a expectativa é de que a tecnologia de produção seja transferida para o Brasil e que o país produza 160 milhões de doses da vacina.
Além disso, a participação do Brasil no consórcio Covax Facility prevê a compra de 42 milhões de doses. O plano multilateral conta com a reunião de 10 fabricantes internacionais da vacina.