Pazuello diz que 1,5 mil pacientes devem ser transferidos para outros estados
No entanto, a previsão no início do mês era de que apenas 235 pessoas fossem transferidas para outros leitos hospitalares
atualizado
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O ministro da Saúde Eduardo Pazuello está em Manaus (AM) para auxiliar em demandas relacionadas ao crescente número de casos no estado e na falta de auxílio médico para os pacientes em estado grave em decorrência da Covid-19.
Durante a inauguração do novo hospital de campanha na capital amazonense, que funcionará no complexo Nilton Lins, Pazuello fez um pronunciamento e declarou que deve transferir, pelo menos, 1,5 mil pacientes internados por complicações devido à Covid-19 em Manaus, para outros estados.
A proposta inicial do governo era que o número fosse mantido em, no máximo, 235 indivíduos. Além disso, de acordo com a Secretaria de Saúde do Amazonas, foram transferidas, ao todo, 277 pessoas para estados com suporte médico emergencial.
No entanto, na fala desta manhã, Pazuello aproximou o número para a próxima centena, fechando em 300 pacientes transferidos.
“Partimos pela remoção inicialmente para hospitais federais e agora para hospitais do SUS, de estados que estão se oferecendo para receber os amazonenses que precisam ser tratados. Já tiramos 300 pessoas em aviões da Força Aérea e nosso objetivo é chegar a em torno de 1,5 mil pessoas removidas”, reforçou o ministro.
Vacinas
Em outro momento, Pazuello enfatizou ainda que o estado recebeu 452 mil doses de vacina e cerca de 100 mil doses extras. Porém, a informação da Secretaria de Saúde é que tenham sido recebidas apenas 459 mil doses.
“Proporcionalmente, o Amazonas é o estado que mais recebeu doses. Em proporção. […] E nós fizemos um fundo de 5% em comum acordo com os governadores de todas as vacinas que chegam ao Brasil, para atender as áreas mais impactadas”, declarou Pazuello durante o pronunciamento desta terça.
O chefe da Saúde explicou ainda que foram enviados à Oxford material coletado em pacientes com testagem positiva para o novo coronavírus. A intenção é que seja identificada a razão do aumento de casos em janeiro.
“Essa cepa que está sendo estudada em Manaus, estamos observando que é uma cepa diferente e essa cepa está sendo estudada em Oxford. Mandamos todo o material coletado para Inglaterra para que a gente tenha uma posição exata sobre o grau de contaminação e de agressividade dessa nova cepa” , destacou.
Complexo hospitalar
O novo hospital de campanha, inaugurado nesta terça (26/1), será utilizado assim como os complexos de saúde desenvolvidos em 2020, no início da pandemia. Os casos administrados no local não serão advindos de emergências, a unidade agirá de portas fechadas e sob encaminhamento.
Ao todo, o centro dispõe de 152 leitos. Destes, 30 se encontram disponíveis desde a inauguração nesta manhã e 81 contém cilindros concentradores de oxigênio. “Nós estamos vendo de uma maneira muito clara, como deve ser, a partir de já e no futuro, a nossa situação hospitalar na Amazônia”, disse o ministro.