Pazuello: Brasil deve dispor de 100 milhões de doses de vacina já neste semestre
País recebeu nesta sexta-feira o primeiro lote com 2 milhões de doses do imunizante da Oxford/AstraZeneca, enviadas pela Índia
atualizado
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Rio de Janeiro – O Brasil deve dispor de 100 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 ainda no primeiro semestre deste ano de 2021. Foi o que anunciou, na noite desta sexta-feira (22/1), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, logo depois de aterrissar na Base Área do Galeão, no Rio de Janeiro, o primeiro lote de 2 milhões de doses do imunizante produzido pela Oxford/AstraZeneca, enviado pela Índia.
“Essa parceria [com a Oxford/AstraZeneca] começou há sete meses. É preciso compreender que a parceria tecnológica prevê 100 milhões de doses no primeiro semestre. Esses dois milhões de doses são o começo do processo”, afirmou o ministro, durante pronunciamento no Galeão.
A presidente da Fiocruz, Nisia Trindade, fez questão de ressaltar a vacina tem 70% de eficácia. “A vacina pode ser comparada à água potável”, afirmou.
“Estamos negociando mais doses para receber no começo de fevereiro. Já temos o IFA (ingrediente farmacológico ativo) necessário para a Fiocruz produzir 15 milhões de doses por mês”, assegurou o ministro.
Já o embaixador da Índia no Brasil, Suresh Reddy, ressaltou o momento histórico e disse que seu o país assegurará ajuda para todos povos.
Pazuello ressaltou que aposta na produção nacional para a vacinação em massa e também para o Brasil conquistar o segundo lugar entre os países que mais vacinam.
“O nosso país precisa da produção nacional. É a produção nacional da Fiocruz, Butantan e provavelmente de uma empresa particular com a Sputnik [vacina russa] que vamos ter produção de grande quantidade para vacinação em massa,” disse Pazuello.
A vacina russa Sputnik V é desenvolvida pelo Instituto Gamaleya e, de acordo com os fabricantes, apresenta eficácia geral de 91,4%.
Controle de qualidade
As mais de 2 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 – Oxford/AstraZeneca – fabricadas na Índia chegaram na Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, Rio de Janeiro, na noite desta sexta. O material, que fez uma escala em São Paulo, será encaminhado à Fundação Oswaldo Cruz, em Manguinhos, sob a escolta de 30 agentes da Polícia Federal.
Durante a madrugada, as vacinas serão rotuladas, etiquetadas e submetidas a controle de qualidade por equipes treinadas na unidade Bio-Manguinhos.
São dois contêineres com a carga de vacinas. Um com 3.617 kg e outro com 1.157 kg. A expectativa é a de que estejam prontas para serem entregues ao Ministério da Saúde na tarde deste sábado (23/1).
Na segunda-feira (25/1), a partir das 6h, o governo do estado do Rio de Janeiro pretende começar a distribuir sua cota do imunizante para os municípios usando helicópteros e caminhões.