Paulistanos se dividem sobre uso de máscaras em locais fechados de SP
Uso de máscaras em ambientes fechados não é mais obrigatório no estado desde quinta (17/3), mas alguns escolheram seguir usando a proteção
atualizado
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São Paulo – No primeiro dia em que o uso de máscaras em locais fechados passou a não ser mais obrigatório em São Paulo, a adesão não foi unânime. Em shoppings, comércios e outros estabelecimentos da capital, há mais pessoas usando a proteção do que sem.
Alguns avaliam que já era hora, enquanto outros acreditam que a decisão foi precipitada. Desde 9 de março, a proteção já não era mais obrigatória em locais ao ar livre. Mas a liberação foi estendida também para lugares fechados, como escritórios, academias, supermercados, igrejas, comércio e serviços em geral desde a última quinta-feira (17/3).
Apenas o transporte público, hospitais e unidades de saúde permanecem com a obrigação. Na maior parte dos lugares o uso, agora é uma escolha meramente individual, e os efeitos dessa liberação – bem como a adesão – só devem ser sentidos gradualmente nas próximas semanas.
Laura Martinez, que frequentava o Morumbi Shopping, na zona sul, na manhã desta sexta (18/3), estava de máscara cirúrgica, e afirmou que pretende continuar usando a proteção. “Acho que foi muito cedo a liberação, principalmente em locais fechados”, opinou.
Da mesma maneira, Priscila Wernz, que também estava no shopping, pretende seguir usando máscara. “Até porque eu sou enfermeira, trabalho com pacientes com Covid-19, eu acho que posso transmitir, apesar de estar vacinada. Achei precipitado porque a gente deu uma diminuída no ano passado, aí voltou tudo de novo, então acho que a gente deveria esperar para tirar as máscaras, mesmo com a vacinação”, afirmou.
Máscaras em shoppings
Apesar da liberação, seguranças do shopping e funcionários das lojas, quiosques e restaurantes seguiam usando a proteção, e placas alertando sobre sobre uso obrigatório de máscaras seguiam em algumas portas de entradas. Entre os visitantes, porém, muitos já adotaram a flexibilização.
No Poupatempo de Santo Amaro, também na zona sul, não se via ninguém sem máscara por volta do meio-dia. Jovens, adultos, idosos, todos usavam a proteção nas filas de espera e nos balcões de atendimento, bem como os funcionários do local.
No Shopping Mais, no qual o Poupatempo está localizado, a maior parte das pessoas também foi vista de máscara, dentro das lojas e nos corredores, com exceção da praça de alimentação.
Ronaldo Oliveira, que estava fazendo compras no local, era um dos poucos sem a proteção, e disse que ficou feliz pela liberação. “Até que enfim, nesse calor ainda, é muito ruim usar máscara o tempo todo. E agora está todo mundo vacinado, então fica mais seguro”, disse.
Alertas em lojas
E a adaptação exige tempo, como era esperado. Em algumas lojas visitadas pela reportagem, ainda se ouviam avisos sonoros alertando para a obrigatoriedade do uso de máscaras. E algumas pessoas sequer sabiam das novas regras ainda.
“Eu sabia que tinha liberado na rua, não sabia que não precisava mais dentro dos lugares”, disse uma mulher que fazia compras no Largo 13, centro popular de compras de Santo Amaro.
Entre os motoristas de aplicativo, o uso ou não de máscaras pelos motoristas depende da escolha dele e também dos passageiros. Um motorista da Uber disse ao Metrópoles que a empresa já liberou o uso, mas que tira ou coloca o item a depender da viagem. “Agora tá tudo liberado, mas tem passageiro que não deixa ficar sem, né? Quando os vidros estão abertos, não vejo problema tirar”, comentou.
Outros dois motoristas ouvidos pela reportagem disseram que ainda não sabiam das novas regras sobre a liberação também em ambientes fechados, e disseram que não receberam nenhuma instrução da empresa.