Pastor é alvo de operação por ofensas contra comunidade judaica
Polícia Federal deflagrou nesta sexta, no Rio, ação para combater a prática do crime de racismo contra judeus
atualizado
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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (12/3) a Operação Shalom, que visa combater a prática do crime de racismo contra judeus. Foram expedidos dois mandados de busca e apreensão pela 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
A operação tem como alvo o pastor Tupirani da Hora Lores, chefe da Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo, que teria cometido ofensas contra a comunidade judaica. De acordo com a PF, o investigado já havia sido preso e condenado pela prática e incitação à discriminação religiosa.
As investigações tiveram início em razão de vídeos publicados na internet, em junho do ano passado, nos quais o pastor, além de alimentar o ódio e a intolerância racial, clamou por um novo holocausto.
As declarações geraram repercussão internacional. Jornais de Israel repercutiram a fala do pastor e uma organização social chamada Sinagoga Sem Fronteiras entrou com a denúncia na Polícia Federal.
Os equipamentos apreendidos pela PF na Igreja Pentecostal Geração Jesus nesta sexta-feira serão encaminhados para perícia.
O suspeito responderá pela prática de induzimento ou incitação à discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, quando cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza. A pena pelo crime pode chegar a cinco anos de prisão e multa.
O nome Shalom foi escolhido porque faz alusão à paz, em hebraico.