Pastor dono de clínica com tortura é preso e diz que mulher é inocente
Pastor Angelo Klaus se entregou na delegacia após fugir durante abordagem policial. Pacientes de clínica denunciaram tortura e maus-tratos
atualizado
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O dono do centro terapêutico Amparo, onde 50 pessoas em situação de maus-tratos foram resgatadas na última semana, se entregou na Delegacia do Idoso, em Anápolis (GO), na madrugada de sábado (2/9).
Reportagem do Metrópoles publicada nesse domingo revelou o horror que acontecia dentro da clínica, a partir do depoimento de cinco vítimas. Os relatos incluíam pessoas nuas, dopadas e amarradas, como forma de castigo. Os internos resgatados tinham entre 14 e 96 anos.
Pastor evangélico da Igreja Batista Vida Nova, o gaúcho Angelo Mario Klaus Junior, mais conhecido como pastor Junior Klaus, ficou em silêncio na maior parte do interrogatório com o delegado Manoel Vanderic.
No entanto, Klaus adiantou que se divorciou legalmente da pastora Suelen Klaus, que também cuidava da clínica e foi presa em flagrante na terça-feira (29/8), dentro do centro terapêutico, que funcionava em uma chácara. Angelo fugiu por um matagal quando percebeu a chegada da equipe da Polícia Civil. O casal tem quatro filhos.
Interrogatório
Ainda no interrogatório, o pastor disse que se divorciou de Suelen, com quem tem quatro filhos, mas que eles têm um relacionamento amigável. Além disso, o líder religioso assumiu que a pastora ajudava nos afazeres da clínica, mas que ela não tem qualquer participação na pessoa jurídica do estabelecimento.
Quando foi presa, Suelen disse que não tinha acesso à área onde os internos ficavam e que sua função era estritamente administrativa. Na sexta-feira (1º/9), os policiais fecharam uma segunda clínica do pastor Klaus, com 43 pessoas.
Veja o vídeo:
A prefeitura de Anápolis teve que montar uma força-tarefa no ginásio da cidade, para fazer a triagem dessas pessoas resgatadas. As vítimas são dependentes químicos, deficientes intelectuais e idosos;
A reportagem tenta contato com a defesa de Angelo e Suelen. Outras quatro pessoas, entre funcionários e monitores da clínica, foram presas em flagrante por tortura e maus-tratos.