Passaporte da vacina: 77% dos brasileiros querem exigência em escolas
Os dados fazem parte de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Instituto FSB Pesquisa, divulgada nesta sexta (29/4)
atualizado
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Mesmo com a estabilização de casos e mortes por Covid-19, a maioria dos brasileiros ainda defende a adoção medidas preventivas para evitar o contágio pelo coronavírus.
Levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Instituto FSB Pesquisa mostra que 77% da população é favorável à exigência do passaporte da vacinação em escolas e faculdades.
O estudo, divulgado nesta sexta-feira (29/4), mostra que 17% dos entrevistados são contra a exigência de vacinação para estudantes e docentes participarem de aulas presenciais. Outros 4% disseram não ser favoráveis, nem contrários, ou que depende da situação.
As organizações entrevistaram 2.015 brasileiros de 16 anos ou mais, em todas as unidades da Federação. A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 5 de abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
A pesquisa também aponta que a maior parte das pessoas que são favoráveis à exigência do passaporte da vacina em instituições de ensino já está totalmente vacinada com duas doses e dose de reforço. São 85% dos entrevistados.
Por outro lado, a maior parte dos opositores ao passaporte da vacina, 65%, não tomou nenhuma dose de imunizantes contra a Covid-19. Veja o perfil dos entrevistados:
Quando o assunto é a exigência do comprovante de imunização em todo tipo de estabelecimento, 61% dos entrevistados disseram ser favoráveis e 31% contra.
A porcentagem de brasileiros que concordam com a medida em abril teve leve queda em relação ao mês de março, quando 65% disseram ser favoráveis à exigência. No último mês, 22% dos entrevistados disseram ser contra a medida.
Importância da imunização
Para o presidente da CNI, Robson Braga Andrade, a população reconhece a importância da vacinação para o enfrentamento da pandemia no Brasil.
“O Brasil é um dos países que se destaca pelo alto índice de cobertura vacinal. Estamos em um cenário de menor gravidade da pandemia, propício ao retorno das atividades econômicas a um ritmo próximo da normalidade. Manter os cuidados é importante para que evitemos uma nova onda, por todos os seus impactos na sociedade”, destacou Andrade.
Uso de máscaras
O levantamento do FSB mostra que, entre novembro de 2021 e abril de 2022, houve flexibilização no uso de máscaras de proteção facial. No fim do ano passado, 55% dos entrevistados disseram usar máscara em locais abertos e fechados. Em abril deste ano, o índice baixou para 29%.
Além disso, em abril, 53% das pessoas disseram usar máscaras apenas em lugares fechados. No fim do ano passado, a porcentagem era de 40%. A porcentagem de pessoas que não usa máscaras em local algum subiu para 17% neste mês, contra 4% em novembro de 2021.
“É precoce dizer que o uso das máscaras continuará a ser um padrão entre os brasileiros mesmo com o fim da obrigatoriedade. Os índices de contaminação e óbitos por Covid-19 estão muito presentes na memória da população. Precisamos continuar a avaliar esse comportamento nos próximos meses”, avaliou o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
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