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Passagens aéreas a R$ 200: ministro diz que sugestão veio das companhias

Segundo o ministro Márcio França (Portos e Aeroportos), o objetivo de vender passagens mais baratas é reduzir ociosidade na baixa temporada

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Márcio França
1 de 1 Márcio França - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em audiência no Senado Federal, o ministro Márcio França (Portos e Aeroportos) afirmou que a ideia de oferecer passagens aéras a R$ 200 partiu das próprias companhias. A sugestão se tornou o programa “Voa Brasil“, lançado com o objetivo de tornar as passagens aéreas mais acessíveis para aposentados, pensionistas, estudantes e pessoas de baixa renda. A previsão é que a iniciativa comece a funcionar em agosto deste ano.

Aos senadores, França afirmou que foi procurado no início do governo pelas três companhias que operam no Brasil: Gol, Latam e Azul. As empresas queriam o apoio do Executivo para reduzir os custos nas operações nacionais.

“Logo no início da minha chegada ao ministério, as três empresas brasileiras de aviação me procuraram para comentar as dificuldades e pedir ajuda na redução do valor do combustível e dos impostos.”

O ministro disse ter relatado às companhias que as imagens delas estavam “desgastadas” por conta da alta nos preços das passagens.

“Eles sugeriram nós fizessemos um programa de até R$ 200 com acento pra qualquer trecho. Não pra todo mundo. Mas para aqueles 90% que não voam, ou seja, ir buscar o passageiro que não está habituado a voar”, disse.

Neste caso, o governo participaria na indicação dos beneficiários, cruzando os dados daqueles que não possuem nenhum registro de itinerário nas companhias.

“Eles [empresa] não tem esse dado, quem tem esse dado somos nós. Cada companhia tem o os o CPF de todo mundo que voou. Mas uma companhia, não tem CPF da outra companhia. Mas nós temos de todas, então nós sabemos quem não voou. O que que eles nos pedem? Que no aplicativo deles mesmos sem nenhum subsídio, eles implantem os voos que vão ser a R$ 200 e nós vamos dizer, essa pessoa não voou há um ano, então pode comprar. “, explicou.

A proposta do governo prevê que os beneficiados poderão comprar até duas passagens por ano a R$ 200 cada. Cada beneficiado terá direito a um acompanhante. As passagens poderão ser parceladas em até 12 vezes.

Terão acesso ao programa funcionários públicos e aposentados com renda de até R$ 6,8 mil; estudantes que financiem os estudos por meio do Fies; bolsistas; e todos os inscritos do Cadastro Único (CadÚnico).

A expectativa é que programa ocupe a ociosidade dos voos, frequentemente registrada no segundo semestre. O governo espera que a medida beneficie 5 milhões de novos passageiros.

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