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Parte do bando que roubou transportadora no Paraguai entrou no Brasil

Os bandidos entraram em confronto com agentes do Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom) durante a travessia em direção ao Brasil

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1 de 1 ciudad del este paraguai - Foto: Reprodução/Facebook/Darlon Dutra

Cerca de 20 integrantes da quadrilha que assaltou a empresa de valores Prosegur durante a madrugada desta segunda-feira (24/4), em Ciudad del Este, no Paraguai, conseguiu cruzar a fronteira e passar para o lado brasileiro por volta do meio-dia, pelo lago de Itaipu. A informação é da Polícia Federal.

Os bandidos entraram em confronto com agentes do Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom) durante a travessia em direção ao Brasil, na altura do município de Itaipulândia, a 70 km de Foz do Iguaçu (PR).

Os policiais faziam patrulhamento do lago quando avistaram os assaltantes. Houve troca de tiros. A PF faz, na tarde desta segunda, buscas no lado brasileiro para tentar encontrar o bando. O patrulhamento no lago de Itaipu e rio Paraná foi reforçado logo após o anúncio do ataque à empresa de Ciudad del Este.

Segundo a polícia paraguaia, os carros usados no roubo tinham placas do Brasil e alguns deles foram abandonados na fuga, no lado do Paraguai. Os assaltantes, ainda de acordo com a polícia daquele país a partir do depoimento de testemunhas, falavam português fluentemente, sem sotaque, e eram brasileiros.  Agora a polícia brasileira busca os assaltantes que atravessaram o Rio Paraná,  já no Brasil.

O assalto
Ao menos 30 homens com armas de guerra invadiram o prédio da empresa de valores Prosegur, explodiram cofres e levaram US$ 40 milhões (cerca de R$ 120 milhões), na madrugada desta segunda-feira, em Ciudad del Este, cidade paraguaia na fronteira com o Brasil.

Segundo a imprensa do país vizinho, este pode ter sido o maior assalto da história do Paraguai. Armados com fuzis automáticos e metralhadoras ponto 50, os criminosos bloquearam ruas, incendiaram veículos e dispararam rajadas contra prédios públicos.

Acuada, a polícia pediu reforços e munições. Um policial do Grupo Especial de Operações da polícia paraguaia foi atingido e morto. De acordo com a delegada Denise Duarte, que investiga o assalto, testemunhas disseram que a ação foi praticada por um “esquadrão do crime” e que os criminosos falavam em português.

A suspeita é de que o assalto tenha sido praticado por grupos ligados a organizações criminosas brasileiras que disputam o controle da fronteira, como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC).

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