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Parlamentares pedem ação urgente de distribuição de água e comida no Amapá

Houve ainda pedido para que MP e PF abram inquérito a fim de averiguar responsabilidade de incêndio que provocou apagão no estado

atualizado

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Wedson Castro/ Rede Amazônica
Pessoas ocupam shoppings e aeroporto em busca de energia em Macapá
1 de 1 Pessoas ocupam shoppings e aeroporto em busca de energia em Macapá - Foto: Wedson Castro/ Rede Amazônica

O senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP) pediu, na manhã desta sexta-feira (06/10), que a Justiça federal determine que os governos do estado e federal distribuam de forma urgente água, por meio de carros-pipas, e de cestas básicas para a população do Amapá. A unidade federativa está há mais de 60 horas sem o fornecimento de energia elétrica.

O Amapá entrou, nesta sexta, no quarto dia de apagão em 14 dos 16 municípios do estado, atingindo 90% da população do estado.

O apagão foi provocado por um incêndio em uma subestação de distribuição de energia, operada pela empresa Isolux. O incêndio ocorreu na noite de terça-feira (03/10).

Além do pedido de ações emergenciais, o senador pediu a abertura de inquérito por parte da Polícia Federal para averiguar as responsabilidades da empresa ou de qualquer outro agente pelo incêndio.

Na quinta-feira (05/10), Randolfe e o deputado Camilo Capiberibe (PSB-AP) peticionaram, junto ao Ministério Público Federal e Ministério Público do Amapá, representação para que sejam apuradas as causas da interrupção do fornecimento de energia, bem como as condutas de agentes públicos e eventual responsabilização pelos transtornos causados a milhares de cidadãos e cidadãs amapaenses.

“O apagão já começa a afetar o abastecimento nos supermercados e há falta de água em muitos pontos”, disse o senador, que deixou sua casa em Macapá e se mudou para um hotel, onde um gerador garante o acesso a internet e outros serviços.

“Todos os sistemas estão colapsados. As pessoas estão com problemas de acesso a artigos de higiene pessoal e de itens de alimentação”, disse o senador.

Estado de calamidade

Na quinta-feira, a Prefeitura de Macapá decretou estado de calamidade pública e anunciou o fornecimento de água e alimentos. “Ainda é insuficiente para a necessidade dos 14 municípios afetados”, disse o senador. “As pessoas já começa a ter dificuldade de adquirir alimentos”, destacou.

A previsão divulgada pela empresa é de que restabeleceimento de 60% do fornecimento de energia ocorra nesta sexta-feira.

Nas redes sociais, amapaenses já começaram a postar vídeos e fotos de prateleiras vazias nos supermercados e ainda de filas para abastecimento de água e também para comprar gelo.

Há ainda um temor de que a situação de falta de energia agrave a crise sanitária decorrente do novo coronavírus, com aumento de casos nas últimas semanas. Unidades de atendimento de Macapá, como o Hospital das Clínicas (HC) e o de Emergências (HE) operam desde a madrugada de quarta-feira com geradores.

 

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