Parente: leilão do pré-sal mostrará que governo acertou ao promover mudança
A ANP realizará na próxima sexta-feira a Segunda e a Terceira Rodadas de Partilha de Produção do Pré-Sal,
atualizado
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O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou nesta quarta-feira (25/10) que as próximas rodadas de partilha da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na sexta (27), mostrarão que o governo federal acertou ao retirar da estatal a obrigação de ser operadora na exploração e produção de petróleo do pré-sal. Parente falou durante um almoço que reuniu representantes de empresas do setor petrolífero no Riocentro, na zona oeste do Rio de Janeiro, durante a Offshore Technology Conference.
“Tenho certeza de que na sexta-feira veremos o quão certo o governo estava em tomar essa medida”, disse Parente. “A Petrobras, sozinha, não seria capaz, não teria condições de desenvolver todos os campos que serão opção no leilão de sexta”, acrescentou.
O presidente da estatal argumentou que é preciso acelerar a extração do petróleo em águas profundas, para que as riquezas geradas beneficiem todas as esferas de governo e a sociedade.“Foi uma medida muito importante para o país. Foi bom para a Petrobras, mas foi muito importante para o país, para acelerar o processo de tirar proveito dos recursos que temos, ou eles ficariam guardados em águas profundas e não permitiriam aos brasileiros tirar proveito disso”.
A ANP realizará na próxima sexta-feira a Segunda e a Terceira Rodadas de Partilha de Produção do Pré-Sal, em que serão oferecidos blocos em oito áreas diferentes. A expectativa da agência reguladora é de que haja ofertas por todas as áreas, e, em alguns casos, disputas acirradas.
Um decreto publicado pelo presidente Michel Temer em 3 de maio deste ano regulamentou as mudanças a que se refere Parente. As alterações foram votadas no Congresso e sancionadas sem vetos no ano passado.
A partir das novas normas, a Petrobras deixou de ser a operadora única do pré-sal brasileiro e passou a ter preferência como operadora na formação dos consórcios de exploração e produção nos blocos, sob o regime de partilha de produção.