1 de 1 Bolsonaro e Lula
- Foto: Yanka Romão/Arte/Metrópoles
O presidente da República e pré-candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), lidera as intenções de voto para o Palácio do Planalto no estado do Paraná, segundo levantamento do Paraná Pesquisas divulgado nesta sexta-feira (17/6).
O atual chefe do Executivo pontuou 47% na pesquisa estimulada, quando os candidatos são apresentados aos eleitores. Em segundo lugar está o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 30%.
Em seguida, aparecem Ciro Gomes (PDT), com 5,7%; André Janones (Avante), 1,4%; e Simone Tebet (MDB), 1,3%. Luciano Bivar (União), Pablo Marçal (Pros), Vera Lúcia (PSTU), Eymael (DC) e Felipe D’Avila (Novo) não chegaram a 1% cada.
Outros 4,9% não souberam ou não responderam e 7,1% disseram que votariam branco, nulo ou em nenhum.
Na pesquisa espontânea, em que os nomes não são apresentados, os eleitores que não souberam ou não responderam somaram 42,9%. Bolsonaro foi o candidato mais citado, 31,1%, seguido de Lula, que teve 17,5% das menções.
Ciro Gomes apresentou 0,9% das intenções de voto. Pablo Marçal marcou 0,5%; Simone Tebet, 0,3%; André Janones, 0,2%; Eymael, 0,1%; e Felipe D’Avila, 0,1%. Outros nomes mencionados pontuaram, juntos, 0,3%. Há ainda os eleitores que votariam em branco, nulo ou nenhum, que correspondem a 6,2%.
O levantamento também mediu o índice de aprovação do governo Bolsonaro. Entre os entrevistados, 53,8% afirmaram aprovar a administração atual, enquanto 41% desaprova e 5,2% não souberam ou não responderam. Do total, 44% consideraram a gestão de Bolsonaro ótima ou boa; 19%, regular; e 35,3% ruim ou péssima.
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Em época de eleição, as pesquisas eleitorais são, quase sempre, termômetros importantes para acompanhar o cenário político. No entanto, não é raro observar resultados divergentes entre pesquisas que foram realizadas durante o mesmo período. Isso, na verdade, não aponta erro, mas explica como certas metodologias adotadas por empresas podem influenciar resultados
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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir
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As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público
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A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público
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Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra
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Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes
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O local onde as pesquisas são feitas também pode fazer diferença. Geralmente, áreas onde a renda dos habitantes é baixa, determinados partidos tendem a ganhar, assim como locais onde a renda dos habitantes é mais alta, a preferência por outro determinado partido é nítida. Se um instituto conseguir entrevistar mais pessoas em um local e não no outro, o resultado também será influenciado
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Ou seja, em termos práticos, as empresas, muitas vezes, não estão erradas. As diferenças metodológicas das pesquisas é que definem o resultado
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Apesar de o que possa parecer, as diferenças entre as pesquisas não são mal vistas. Elas, na verdade, ajudam os institutos a compararem os resultados e melhorarem a abordagem para obter resultados mais exatos no futuro
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A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-09457/2022. Foram entrevistados 1.540 eleitores em 65 municípios paranaenses entre os dias 12 e 16 de junho. De acordo com o instituto, o levantamento tem nível de confiança de 95%, com margem de erro de 2,5%.
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