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Paralisada, produção de Coronavac só será retomada sob encomenda

Após conclusão do contrato de 100 milhões de doses com Ministério da Saúde, as unidades adicionais ficaram encalhadas no estoque do Butantan

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produção coronavac - instituto butantan
1 de 1 produção coronavac - instituto butantan - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – Suspensa desde agosto do ano passado, a produção da Coronavac só será retomada no Brasil sob encomenda. No momento, a determinação no Instituto Butantan é requisitar novo carregamento do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) apenas para as doses já comprometidas.

Caso o Ministério da Saúde, algum estado ou país feche contrato com o centro de pesquisa, o ingrediente farmacêutico será importado do laboratório chinês Sinovac para a produção da vacina contra Covid-19

A entidade tem capacidade máxima de fabricar até 1 milhão de novas doses por dia.

Após a entrega de 100 milhões de doses contratadas com o Ministério da Saúde em setembro, os 15 milhões produzidos adicionalmente ficaram encalhados no estoque do Butantan.

O governo de São Paulo tentou negociar o excedente com o Ministério da Saúde, que rechaçou a proposta. Também tentou exportar o material, mas não houve comprador. Então, o governador João Doria decidiu que usaria o composto para imunizar as crianças no estado.

Uso em crianças

A Coronavac, no entanto, só teve aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser administrada em crianças acima de 6 anos e em adolescentes na quinta-feira (20/1).

Com isso, o governo de São Paulo, que já tinha feito a reserva de doses para imunizar as crianças do estado, ficou com 8 milhões de unidades. Os 7 milhões restantes estão em negociação com o Ministério da Saúde.

Há pleito de governadores para que a pasta adquira mais doses e acelere a vacinação infantil.

O Instituto Butantan tinha a expectativa de produzir 100% a Coronavac a partir do início deste ano em sua nova fábrica. Porém, a obra atrasou e ainda não há previsão para que a produção do IFA ocorra em território nacional.

Veja como é feito o processo de envase do IFA no Butantan:

 

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Em uma sala completamente fechada e com acesso restrito, fica uma máquina em que os frascos são lavados
Em seguida, vem o envase do líquido de forma automática
Com a vacina dentro do frasco, ocorre o primeiro fechamento
Depois uma máquina coloca o selo de alumínio, com o fechamento total do frasco
Com a vacina já pronta, começa o processo de inspeção
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O envase da Coronavac tem início em uma sala completamente fechada com temperatura controlada em torno de 20ºC

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Em uma sala completamente fechada e com acesso restrito, fica uma máquina em que os frascos são lavados

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Em seguida, vem o envase do líquido de forma automática

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Com a vacina dentro do frasco, ocorre o primeiro fechamento

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Depois uma máquina coloca o selo de alumínio, com o fechamento total do frasco

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Com a vacina já pronta, começa o processo de inspeção

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Os lotes são armazenados e levados para outra sala

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Em um ambiente com pouca luz, começa a inspeção manual

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Nesta etapa, há o controle de cada um dos frascos

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Produção da vacina Coronavac

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Centro de produção da vacina Coronavac no Instituto Butantan, em São Paulo

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Centro de produção da vacina Coronavac no Instituto Butantan, em SP

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O Instituto Butantan descarta os frascos da vacina com irregularidades

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Cada frasco contém 5,9 ml do imunizante, equivalente a 10 doses com alguma sobra

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Centro de produção da vacina Coronavac no Instituto Butantan, zona oeste de São Paulo

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As últimas etapas são rotulagem e outro processo de controle de qualidade, que dura cerca de 14 dias

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Saúde

Apesar de o Ministério da Saúde ter questionado o Butantan sobre a quantidade de doses disponíveis para compra e de ter manifestado interesse em adquirir os 7 milhões de unidades excedentes, a pasta ainda não se decidiu sobre a aquisição.

Na sexta-feira (21/1), o ministério pediu aos estados e municípios um levantamento sobre a quantidade de doses da vacina em estoque.

A pasta diz ter 6 milhões de doses em estoque e estima que as cidades tenham mais 3 milhões nas redes de frio, que podem ser utilizadas.

Os estados que tiverem menos de 400 mil doses armazenadas, de acordo com o ministério, vão receber quantidades extras suficientes para imunizar 10% de toda a população na faixa etária de 6 a 11 anos. Após essa distribuição, as próximas compras serão decididas.

 

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