Para STF, ao anunciar transição, Bolsonaro reconhece resultado da eleição
O Supremo divulgou nota sobre o primeiro pronunciamento de Bolsonaro (PL) após ser derrotado no segundo turno das eleições para Lula (PT)
atualizado
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O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou uma nota nesta terça-feira (1°/11) logo após o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o segundo turno das eleições.
No comunicado, os ministros da Corte ressaltaram a importância de Bolsonaro falar sobre a garantia do direito de ir e vir, em relação aos bloqueios feitos por caminhoneiros e consideraram que “ao determinar o início da transição”, o mandatário “reconhece o resultado final das eleições”.
Mais de 44 horas após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmar o resultado das urnas, Jair Bolsonaro rompeu o silêncio nesta terça-feira (1°/11), mas não admitiu diretamente a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista obteve 50,90% dos votos válidos (60.345.999), enquanto Bolsonaro conquistou 49,10% (58.206.354).
No Palácio do Planalto, Bolsonaro fez um rápido discurso agradecendo os votos que recebeu, mas sem admitir a vitória do petista.
Logo em seguida, no entanto, o chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, ressaltou que, autorizado por Bolsonaro, iniciaria a transição de governo, conforme prevê a legislação brasileira. Nogueira chamou ainda Lula de presidente e disse que aguarda Geraldo Alckmin (PSB) para iniciar o processo.
Bloqueios
Mesmo após o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar a decisão do ministro Alexandre de Moraes para que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) desobstrua rodovias bloqueadas, o país amanheceu com 271 ocorrências em estradas nesta terça-feira (1º/11).
Dados divulgados pela PRF nas redes sociais apontam que o país tem 183 pontos de interdição e 88 bloqueios em rodovias de 22 estados e do Distrito Federal. De acordo com a corporação, 192 manifestações já foram desfeitas. Os atos são realizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro contra a derrota do mandatário nas urnas.
Os estados com maior número de ocorrências são o Pará (33 interdições), Mato Grosso (22 interdições), Minas Gerais (12 interdições e seis bloqueios), Paraná (24 interdições e 15 bloqueios), Rondônia (20 interdições), Rio Grande do Sul (15 interdições e 15 bloqueios) e Santa Catarina (39 bloqueios).