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“Para o delituoso, a justiça”, diz bispo sobre padre preso por estupro

Padre é suspeito de dopar e cometer violência sexual contra jovem de 18 anos em Nova Crixás (GO); ele está detido e foi afastado das funções

atualizado

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Padre estupro Goiás
1 de 1 Padre estupro Goiás - Foto: Reprodução

Goiânia – A prisão de um padre por estupro em Goiás foi assunto na missa de domingo (18/7) da Catedral Nossa Senhora da Glória, em Rubiataba (GO), cidade na região central do estado. Ricardo Campos Parreira está preso preventivamente desde o último dia 14/7. Ele é suspeito de dopar e estuprar um jovem de 18 anos há quatro anos.

O bispo Francisco Agamenilton Damascena aproveitou o momento da homilia para comentar sobre a prisão com os fiéis. Ele afirmou que o religioso preso foi afastado por decreto de suas funções na Igreja Católica e que uma comissão interna investiga o caso.

“Nosso desejo é que todos os ambientes da Igreja sejam seguros para todos. (…). Nós dizemos o seguinte: Para a vítima, a cura; para o delituoso, a justiça; para o pecador, o perdão”, resumiu o bispo.

Dom Agamenilton é bispo diocesano de Rubiataba/Mozarlândia, mesma diocese de Nova Crixás, onde ocorreu o estupro, segundo denúncia do Ministério Público do Estado do Estado de Goiás (MPGO).

Ele tocou no assunto da prisão de padre Ricardo quando falava sobre o mau e o bom pastor. “Nós ficamos entristecidos com isso. Lembrando, ouvindo, essa palavra, a gente pensa um montão de coisa”, disse o líder religioso ao abordar o tema.

Veja o vídeo:

Apuração interna

Ainda durante a homília, dom Agamenilton lembrou que o papa Francisco ordenou a criação de comissões mistas para apurar esse tipo de denúncia, o que foi feito na diocese de Rubiataba.

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Padre Ricardo Campos Parreira
Padre Ricardo é recebido como novo pároco em Faina (GO) em 2018
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Religioso foi preso preventivamente no dia 14/7, após investigação da Polícia Civil de Goiás

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Padre Ricardo Campos Parreira

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Padre Ricardo é recebido como novo pároco em Faina (GO) em 2018

Diocese de Rubiataba-Mozarlândia

O bispo se referiu às vítimas como ovelhas feridas, que podem ser menores ou maiores de idade, e devem ser ouvidas e cuidadas. No entanto, o religioso definiu a denúncia contra padre Ricardo como algo isolado.

“Tenhamos também presente que não é por causa de um, que tudo está perdido. Como se diz: ‘Faz mais barulho uma árvore que cai, do que uma floresta inteira que cresce’. Temos certeza que na maioria dos sacerdotes, dos ministros ordenados, há uma bondade e bom pastoreio”, declarou.

Mudanças recentes

Desde que o suposto estupro ocorreu, em 2017, o padre Ricardo Campos já foi transferido pelo menos duas vezes. Em 2018, ele foi realocado para a cidade de Faina (GO) e neste ano estava lotado na diocese Miracema do Tocantins.

No momento da prisão, Ricardo estava em Goiânia, acompanhando a saúde da mãe. Ele foi levado para o Núcleo de Custódia, do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana.

O Metrópoles entrou em contato com a diocese Miracema do Tocantins e não obteve resposta até a publicação desta matéria.

Procurada pelo portal, a defesa do padre informou que não há como fazer qualquer manifestação sobre os fatos, pois o processo tramita em segredo de justiça.

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