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Planalto volta a expor Rolls Royce presidencial na semana. Veja fotos

Há 66 anos na história do Brasil, o veículo é uma relíquia utilizada nos desfiles pelo dia da Independência e recebe manutenção especial pela Presidência

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Rolls Royce Presidência
1 de 1 Rolls Royce Presidência - Foto: Rafaela Feliciano/Metrópoles

O carro oficial da Presidência da República, um Rolls Royce de 1952, voltou a ser exposto durante os dias da semana  no piso térreo do prédio, com visita liberada a partir dessa quarta-feira (05/06/2019). O veículo ficará disponível na galeria por um mês.

De acordo com a assessoria da Presidência, a exposição faz parte de uma série de ações com o objetivo de melhorar a experiência do visitante. “A volta do automóvel ao Planalto faz parte de um conjunto de ações que visam a melhoria constante no programa de visitação pública ao local e resulta do esforço conjunto da Diretoria de Recursos Logísticos e da Coordenação-Geral de Relações Públicas da Secretaria de Administração, com apoio da Secretaria-Geral da Presidência da República”, destacou, em nota.

Esta não é a primeira vez que o carro é exibido no prédio. No governo da ex-presidente Dilma Roussef (PT), por exemplo, o automóvel era exposto no primeiro domingo de cada mês, quando ocorria a troca da bandeira do Brasil. Porém, pela grande procura dos turistas pelos carros, a ex mandatária da República permitiu que ele ficasse exposto por alguns dias, durante a semana. Além disso, o veículo já é considerado “carro velho” em exposições de colecionadores em Brasília. A última autorização de exibição fora do Planalto foi em 2015, concedida pelo ex-presidente Michel Temer (MDB).

Já na Copa do Mundo, não só os times internacionais de futebol atraíram os olhares dos turistas que vinham à capital assistir aos jogos. No período, o carro ficou exposto na galeria do Planalto e era procurado por aqueles que se interessavam em conhecer o prédio onde trabalha o mandatário do país.

Atualmente, o automóvel é utilizado durante as posses presidenciais, em 1º de janeiro, e no desfile do dia 7 de setembro, no ato pela Independência do Brasil, na Esplanada dos Ministérios. Quando não é exibido, ele fica guardado na garagem privativa da Presidência, junto aos comboios presidenciais e aos carros oficiais dos ministros. 

Apesar de só ser utilizado ocasionalmente, o carro recebe uma atenção especial e tem uma equipe reservada para a manutenção. Como descrito no site do ministério da Defesa, o veículo sai da garagem por 20 minutos, todas as semanas, para que não fique abafado no local.  Ainda, o automóvel passa por manutenção de uma a duas vezes por ano, o que inclui a troca do óleo e do filtro e a limpeza interna.

Movido a gasolina e com capacidade para sete pessoas, o famoso carro presidencial tem a histórica placa verde com a escrita “presidente da República”. Pesando 2,5 toneladas e movido por um motor de seis cilindros, a única vez que a placa foi alterada foi no governo de Dilma, tendo a frase sido substituída por “presidenta da República”. Desde que foi fabricado, o carro rodou apenas 30 mil quilômetros.

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Rolls Royal: a história
Há 66 anos no Brasil, diferentes versões contadas por historiadores explicam a chegada do carro no país. Entre elas, pesquisadores afirmam que o veículo foi um presente de empresários ao ex-presidente Getúlio Vargas. Outros dizem que, na realidade, foi um “brinde” concedido pela rainha da Inglaterra, Elizabeth II. Segundo o site oficial do governo, o Rolls Royce, modelo Silver Wraith, foi fabricado em 1952 e enviado ao Brasil em 1953, pelo navio inglês Highland Princess (que significa “Princesa das terras altas”), com saída em Londres e chegada no Rio de Janeiro.

Ele foi utilizado pela primeira vez em 1º de março de 1953, durante as comemorações do Dia do Trabalho, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. Desde então, o carro foi usado por todos os chefes do Executivo nas posses presidenciais. Após Getúlio, o próximo presidente a utilizar o veículo foi Juscelino Kubitschek, em 1956, seguido pelos ex-comandantes Fernando Henrique Cardoso (FHC), Lula da Silva, Dilma e, o mais recente, Jair Bolsonaro (PSL).

Porém, o atual chefe do Executivo relutou para rodar no veículo na posse presidencial, preocupado com a segurança. O presidente ainda se recuperava de uma facada que levou durante a campanha presidencial, em 2018, e temia que alguma coisa pudesse acontecer enquanto desfilava pela Esplanada.

Além dos presidentes, personalidades estrangeiras também foram transportadas pelo carro em visita ao Brasil, como a própria rainha Elizabeth II, o rei Balduíno, da Bélgica, o ex-presidente francês Charles De Gaulle e o astronauta russo Yuri Gagarin.

Como visitar 
As visitas para conhecer o automóvel e as dependências do Palácio do Planalto são abertas mediante agendamento. Para que os interessados em conhecerem tanto o carro quanto o local onde despacha o presidente da República, tem que ser feito um agendamento pelo site do governo (clique aqui).  “As visitas, que funcionam exclusivamente com agendamento online, como em diversos palácios pelo mundo, têm um número limitado de vagas, que costumam se esgotar com antecedência”, destaca o Palácio.

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