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Para Marina, “impeachment de Bolsonaro é ato de legítima defesa”

Ex-candidata à Presidência critica Lula e o PT por demora a aderir ao movimento pela derrubada do atual ocupante do Palácio do Planalto

atualizado

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A  ex-ministra e ex-candidata a presidência Marina Silva (Rede-AC) acredita que é hora de todas as forças que se opõem ao presidente Jair Bolsonaro se unirem para tirá-lo do poder. “Ele vem cometendo crimes de responsabilidade em série, e o impeachment é um ato de legítima defesa para que o presidente da República pare de prejudicar o Brasil”, disse ela, em entrevista ao Metrópoles.

A ex-senadora tem reunido esforços no sentido de construir uma opção de centro para as eleições de 2022 e mantém-se bastante próxima do pedetista Ciro Gomes, mas também dialoga com o tucano Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República que normalmente esteve em campos opostos aos dela na  política.

Marina só não abre espaço para o também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem se mantido isolado dessa frente ampla que tenta se desenvolver.

“O PT foi o último a concordar com impeachment porque [os petistas] estavam reféns da narrativa do golpe na Dilma. E fizeram carta pedindo pro Bolsonaro renunciar, esperando bom senso do Bolsonaro”, criticou.

Veja ao vivo a entrevista:

Marina disse também que o governo “fabrica crises, não tem um plano de enfrentamento da pandemia e perde um ministro atrás do outro: já dois da Saúde, o da Justiça e agora o da Educação”.

A demissão de Abraham Weintraub do Ministério da Educação foi comemorado por ela, que cobrou também a queda de Ricardo Salles do Meio Ambiente.

Alianças
Ciro, ao Metropoles, disse que “com o lulopetismo corrompido” ele “não andará junto nunca mais”. “O Lula não está bem. Estamos vivendo a maior crise de saúde pública de nossa história e nossa economia está sendo devastada. Ajudar a resolver isso é nossa primeira prioridade. Pensar em eleições só atrapalha neste momento. Mas é o que está na cabeça dele e do Bolsonaro. E nosso povo está sofrendo. Mas está claro que com essa parte do lulopetismo corrompido não andarei junto nunca mais”, disse Ciro, que tem defendido a tese de que os governos petistas fizeram muito mal ao país, a ponto de jogar o Brasil “no colo” de Bolsonaro.

Marina corrobora a visão de Ciro e ressuscita a cobrança de um pedido de desculpas do PT pelos erros no governo. “O PT já se excluiu de qualquer debate com o campo democrático progressista, porque não faz autocrítica dos erros cometidos. Quem não faz autocrítica dos gravíssimos erros éticos está disposto a continuar com as mesmas práticas e atitudes”, disse, ao Metrópoles, em recente entrevista.

A entrevista está sendo realizada pelos jornalistas Guilherme Waltenberg, editor de política do portal, e Luciana Lima, repórter de política, e é transmitida pelos canais no YouTube, Facebook e Instagram.

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