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Para invadir celulares, hackers fizeram 5.616 ligações a autoridades

Segundo o juiz do caso, essa foi a forma com a qual os criminosos conseguiram bloquear os telefones e acessar o Telegram das vítimas

atualizado

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Sergio Moro – ministro da justiça
1 de 1 Sergio Moro – ministro da justiça - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

De acordo com o despacho do juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do DF, que permitiu que a operação Spoofing prendesse quatro suspeitos de hackear os celulares do ministro da Justiça Sergio Moro e outras autoridades, os criminosos dispararam 5.616 ligações para os telefones das vítimas por meio de robôs. Dessa forma, as linhas ficaram congestionadas e foi possível acessar o aplicativo Telegram.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), foi essa “vulnerabilidade da rede” que permitiu o acesso total aos aparelhos. Conhecendo as falhas do sistema telefônico, os criminosos utilizaram um programa que permite a edição do número que efetua a ligação, burlando o sistema de identificação de chamadas.

Segundo as investigações, os suspeitos teriam comprado a tecnologia da empresa BRVoz para efetuar as ligações. Porém, os clientes do sistema devem pagar um plano por meio de boleto bancário. Com os dados disponíveis, a Polícia Federal (PF) conseguiu chegar aos quatro suspeitos do crime.

Pelas redes sociais, Moro comentou sobre a quantidade de ligações realizadas para invadir o aparelho e disse que a atitude dos criminosos é “preocupante”. “Leio, na decisão do Juiz, a referência a 5.616 ligações efetuadas pelo grupo com o mesmo modus operandi e suspeitas, portanto, de serem hackeamentos. Meu terminal só recebeu três. Preocupante”, afirmou, pelo Twitter.

Além disso, a PF trabalha com a possibilidade dos mesmos suspeitos terem invadido os celulares da líder do governo no Congresso Nacional, Joice Hasselmann (PSL), do ministro da Economia, Paulo Guedes, e dos procuradores da Lava Jato.

Prisão temporária
Os acusados seguem em prisão temporária por cinco dias, inicialmente, em Brasília. Além da prisão, o juiz pediu a busca e apreensão, quebra de sigilo de e-mail, bancário e bloqueio de bens dos quatro suspeitos.

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Walter Delgatti Neto, de 30 anos, foi um dos presos em Araraquara nessa terça-feira (23/07/2019)
Conforme apuração feita pelo <b>Metrópoles</b>, Delgatti voltou às redes sociais oito dias antes de o celular do ministro Moro ter sido invadido
O DJ Gustavo Henrique Elias Santos, 28 anos, que já usou o nome artístico “Guto Dubra”, é um dos acusados
Dois suspeitos tiveram as fotos divulgadas: Gustavo Henrique Elias Santos, 28 anos; e Walter Delgatti Neto, 30
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JP Rodrigues/ Metrópoles
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Walter Delgatti Neto, de 30 anos, foi um dos presos em Araraquara nessa terça-feira (23/07/2019)

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Conforme apuração feita pelo Metrópoles, Delgatti voltou às redes sociais oito dias antes de o celular do ministro Moro ter sido invadido

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O DJ Gustavo Henrique Elias Santos, 28 anos, que já usou o nome artístico “Guto Dubra”, é um dos acusados

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Dois suspeitos tiveram as fotos divulgadas: Gustavo Henrique Elias Santos, 28 anos; e Walter Delgatti Neto, 30

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