Para frear a Covid-19, governo de São Paulo reduz horário de bares
Bares, que vêm causando aglomerações, terão funcionamento reduzido, até as 20h. Venda de bebidas alcoólicas é restringida
atualizado
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São Paulo – Após o aumento no número de internações e casos de Covid-19, o governo de São Paulo anuncia, nesta sexta-feira (11/12), novas medidas para tentar conter o contágio por coronavírus. O comércio (incluindo shoppings) passará a poder funcionar por 12 horas – o limite anterior era 10h –, mantendo a capacidade máxima de 40%, prevista na fase amarela, para compras de fim de ano partir de sábado. O limite de funcionamento continua até as 22h.
Bares e restaurantes, que vêm causando aglomerações, terão, contudo, horário de funcionamento reduzido – até as 20h, no primeiro caso, e até as 22h no segundo (a venda de bebidas alcoólicas, no entanto, deve ser interrompida às 20h). A capacidade máxima continua em 40%.
A permanência de clientes em pé está proibida, e cada mesa pode ter, no máximo, seis pessoas. O distanciamento mínimo entre as mesas deve ser de 1,5 metro, com aferição de temperatura e acesso a álcool em gel nos acessos aos estabelecimentos.
Assim como os restaurantes, lojas de conveniência em perímetro urbano só poderão vender bebidas alcoólicas até as 20h e deverão fechar às 22h. Nesse caso, os clientes podem permanecer em pé, mas devem seguir as demais normas dos restaurantes. A limitação de venda de bebida alcoólica às 20h vale tanto para o consumo nas lojas como para viagem.
As medidas passam a valer neste sábado (12/12), com validade de 30 dias, prazo que poderá ser prorrogado. “Os números da Covid-19 recrudesceram em todo o país. E não foi diferente em São Paulo”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn. “O lazer noturno acaba sendo um ponto que promove aglomeração das pessoas.”
Desde o dia 2 de dezembro, todo o estado está na fase amarela do Plano São Paulo, que permitia o funcionamento desses estabelecimentos apenas até as 22h, antes das regras anunciadas nesta sexta.
Pelas regras anteriores da fase amarela, bares, restaurantes, academias, salões de beleza, shoppings, escritórios, concessionárias e comércios de rua voltaram a ter limitações de horário e capacidade de público. O atendimento presencial em todos os setores tinha ficado restrito a 10 horas diárias e 40% de capacidade.
Na manhã desta sexta, em evento para empresários, o governador João Doria (PSDB) afirmou que vai manter 84% da economia do estado funcionando regularmente, “sem nenhuma restrição”.
Do fim de novembro para cá, o número de hospitalizados passou de 9.689 para 10.670. No mesmo período, a taxa de ocupação dos leitos de UTI, que estava em 52,2% no estado e 59,1% na Grande São Paulo, subiu a 57,5% e 64%, respectivamente.