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Para eles ou elas: carecas serão tendência de beleza em 2022

Cabeças calvas ou raspadas estarão em alta no próximo ano de acordo com relatório da WGSN, empresa internacional de previsão de tendências

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Imagem de homem careca. Pesquisadores tentam descobrir como resolver a queda de cabelo
1 de 1 Imagem de homem careca. Pesquisadores tentam descobrir como resolver a queda de cabelo - Foto: Aleksandar Nakic/ Getty Images

São Paulo – Pessoas carecas deverão fazer parte de uma onda de beleza que marcará 2022, segundo a empresa internacional de previsão de tendências WGSN

De acordo com o relatório “Tendência-chave 2022: A Beleza de Ser Careca”, cosméticos e procedimentos que prometam a “cura” para a calvície receberão menos investimentos da indústria.

“Temos observado o surgimento de produtos e iniciativas com o propósito de ‘abraçar’ as carecas em vez de tentar revertê-las”, afirmou ao Metrópoles Daniela Penteado, especialista em tendências da WGSN.

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Informação é foi apresentada no relatório “Tendência-chave 2022: a beleza de ser careca”
Cosméticos e procedimentos que prometam a “cura” para a calvície devem deixar de ser as grandes apostas da indústria
“Temos observado o surgimento de produtos e iniciativas com o propósito de ‘abraçar’ as carecas ao invés de tentar revertê-las”, disse a especialista em tendências da WGSN Daniela Penteado
No próximo ano, estará em alta o “scalp care”, cuidados com o couro cabeludo, e também campanhas que valorizem a diversidade de não ter cabelos
A profissional ressalta que a tendência inclui homens e mulheres e deixa para trás tabus
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Cabeças calvas ou raspadas estarão em alta no próximo ano de acordo com relatório da WGSN

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Informação é foi apresentada no relatório “Tendência-chave 2022: a beleza de ser careca”

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Cosméticos e procedimentos que prometam a “cura” para a calvície devem deixar de ser as grandes apostas da indústria

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“Temos observado o surgimento de produtos e iniciativas com o propósito de ‘abraçar’ as carecas ao invés de tentar revertê-las”, disse a especialista em tendências da WGSN Daniela Penteado

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No próximo ano, estará em alta o “scalp care”, cuidados com o couro cabeludo, e também campanhas que valorizem a diversidade de não ter cabelos

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A profissional ressalta que a tendência inclui homens e mulheres e deixa para trás tabus

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Rojane Fradique,de 35 anos, é uma mulher que optou por raspar o cabelo

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Ela é modelo da Mix Models e trabalha no mercado de moda desde 2003

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“Cheguei a ter cabelo em uma época, mas olhava no espelho e não me via representada ali", disse Rojane

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"Decidi que tudo que eu fizesse no meu corpo e na minha vida seria para meu agrado, então adotei o estilo careca, e assim serei para sempre”, afirmou a modelo

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No próximo ano, estará em alta o “scalp care” (cuidados com o couro cabeludo) e também campanhas que valorizem os sem-fios. 

A profissional ressalta que a tendência inclui eles e elas e deixa tabus para trás. “Os homens carecas podem ser vistos como sexies. As mulheres carecas acabam sujeitas a especulações sobre sua saúde ou até a orientação sexual”, afirmou Daniela.

Segundo a especialista, a indústria da beleza tem um papel fundamental para promover a diversidade e a inclusão de gênero. “Ser careca pode ser uma escolha ou não da pessoa. Isso é uma oportunidade para abraçar a calvície, sem sentir a necessidade de consertá-la”, avaliou. 

Representatividade

A executiva da WGSN ponderou que nem todas as regiões do Brasil estão prontas para aderir à moda, mas que se trata de um comportamento com apelo, principalmente, para a geração Z, que nasceu entre 1995 a 2010.

Um estudo da empresa apontou que 76% da geração Z acredita que diversidade e inclusão são prioridades; e 51% desejam que as marcas apresentem um elenco mais diversificado de modelos. 

“Muitas mulheres que convivem com a queda de cabelo concordam que, quanto mais modelos carecas aparecerem, será possível redefinir o que a beleza significa”, contou Daniela Penteado. 

Exemplos

Em março do ano passado, Iylah Hanley, uma garota que retrata no Instagram como é conviver com alopecia (perda de cabelo), viralizou ao publicar uma foto orgulhosa ao lado de uma campanha publicitária na qual a modelo Parris Goebel está com a cabeça raspada.

No Brasil, também cresce a produção com hashtags específicas e conteúdo voltado para esse público. A modelo Thaylla Oliveira é uma das que aposta nesse segmento. Ela tem 6,5 mil seguidores no perfil World das Carecas.

Escolha

As pessoas que raspam a cabeça também se enquadram nessa tendência porque estão vendo nisso uma beleza. Elas estão demonstrando o desejo por uma estética, assim como tingir o cabelo loiro”, explicou a especialista da WGSN. 

Rojane Fradique, de 35 anos, optou por raspar os fios. “Cheguei a ter cabelo em uma época, mas olhava no espelho e não me via representada ali. Decidi que tudo que eu fizesse no meu corpo e na minha vida seria para meu agrado. Então, adotei o estilo careca, e assim serei para sempre”, disse.

Ela é modelo da agência Mix Models e trabalha no mercado de moda desde 2003. “Acho que as mulheres estão buscando cada vez mais a sua liberdade de escolha e isso é uma excelente forma de incentivar outras pelo mundo”, avaliou.

Mercado

Apesar de ser uma aposta em alta para o próximo ano, já existe a oferta em solo nacional de alguns produtos para cuidado do couro cabeludo sem ter o foco de cura da calvície.

Um exemplo é o sun shield, da Keune Haircosmetics, um óleo em spray que protege o couro cabeludo e a pele dos raios UV. Outra opção é o sérum capilar de gengibre, da The Body Shop, que nutre o couro cabeludo, aliviando a coceira e a descamação.

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