Para Dodge, greve dos caminhoneiros atinge direitos fundamentais
Procuradora-geral da República também anunciou a criação de um comitê no MP para acompanhar a crise
atualizado
Compartilhar notícia
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, demonstrou preocupação com os efeitos da greve dos caminhoneiros, que entrou no nono dia nesta terça-feira (29/5). Na avaliação dela, o movimento deixou de ser apenas “uma crise de abastecimento e, agora, atinge direitos fundamentais”.
A declaração da chefe do Ministério Público foi feita durante reunião do Conselho Nacional do MP, nesta terça. Na ocasião, ela apresentou aos seus pares uma portaria que criou o comitê de acompanhamento de crise. As informações são do site Jota.
Protestos continuam
Em pronunciamento na noite de domingo (27), o presidente Michel Temer anunciou um pacote de cinco mudanças para conter a crise de combustíveis provocada pela greve dos caminhoneiros nas estradas brasileiras. A principal delas envolve a redução do preço do diesel: R$ 0,46 centavos, desconto válido por 60 dias.
Daqui a dois meses, segundo o chefe do Executivo nacional, os reajustes serão apenas mensais. Três das mudanças serão aplicadas por meio de medidas provisórias: isenção da cobrança do eixo suspenso nos pedágios de rodovias federais, estaduais e municipais; garantia de 30% dos fretes na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab); e tabela mínima de frete – prevista no Projeto de Lei nº 121, sob análise no Senado Federal.
Apesar de ter cedido aos apelos da categoria, milhares de motoristas permanecem parados em rodovias do país inteiro, principalmente no Sudeste e no Sul.