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Para delegado da PF, ações na Amazônia Legal têm surtido efeito em 2023

Agentes da Polícia Federal têm atuado dentro de terras indígenas para retirar garimpeiros e invasores ilegais

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Foto colorida Coordenador-Geral de Estratégia e Planejamento (CGEP) da Diretoria da Amazônia e Meio Ambiente (DAMAZ) da Polícia Federal, Marcelo Sálvio Rezende Vieira - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida Coordenador-Geral de Estratégia e Planejamento (CGEP) da Diretoria da Amazônia e Meio Ambiente (DAMAZ) da Polícia Federal, Marcelo Sálvio Rezende Vieira - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O coordenador-geral de estratégia e planejamento da Diretoria da Amazônia e Meio Ambiente (Damaz) da Polícia Federal (PF), Marcelo Sálvio, afirmou, em entrevista ao Metrópoles, que os esforços na Amazônia Legal em 2023 têm apresentado resultados positivos. Segundo o delegado da PF, os agentes têm trabalhado principalmente para combater a exploração ilegal de minérios, a invasão em terras indígenas e as organizações criminosas que atuam na região.

“A Polícia Federal, neste ano de 2023, tem dedicado significativa parte dos seus recursos, dos seus seus tantos recursos materiais, financeiros e humanos para resolver esses problemas. Os resultados já surgem”, afirma o delegado da PF. “Tanto o desmatamento na região quanto a quantidade de alertas houve, nesses primeiros meses do ano, redução significativa. Os dados estão aí, são públicos”, completa Marcelo Sálvio.

Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram redução de 33,6% no primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Com a presença de organizações criminosas na Amazônia, a Polícia Federal tem tentado realizar operações de repressão, principalmente ao garimpo ilegal dentre de terras indígenas.

Terra Yanomami

Por causa da extensão territorial da terra indígena Yanomami e da falta de infraestrutura na região, os agentes da Polícia Federal têm enfrentado dificuldades para localizar os garimpeiros ilegais que estão dentro do território protegido.

“É uma área enorme, uma área do tamanho de Portugal, e essas pessoas se movimentam à noite, se posicionam em locais ermos e de difícil acesso. Então é um trabalho contínuo e duradouro para retirar até o último garimpeiro ilegal da região”, destaca o delegado Sálvio.

Dados de monitoramento por satélite mostram que há mais de 30 dias não há alertas de garimpo ilegal dentro da terra Yanomami. A última identificação de atividade de extração ilegal de minérios no local aconteceu no dia 6 de maio.

Além da PF, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Exército, a Aeronáutica, a Marinha, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Força Nacional atuam na terra Yanomami.

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Sálvio destaca que além de garimpo ilegal a região é afetada pelo tráfico de drogas
O delegado da PF afirma que os agentes também atuam contra o desmatamento ilegal
Além da PF, o governo federal determinou que agentes do Ibama, Forças Armadas, Funai e PRF trabalhem no combate ao garimpo ilegal
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O delegado Marcelo Sálvio atua no planejamento das ações dentro da Amazônia Legal

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Sálvio destaca que além de garimpo ilegal a região é afetada pelo tráfico de drogas

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O delegado da PF afirma que os agentes também atuam contra o desmatamento ilegal

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Além da PF, o governo federal determinou que agentes do Ibama, Forças Armadas, Funai e PRF trabalhem no combate ao garimpo ilegal

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Organizações criminosas

O delegado da Polícia Federal afirmou ao Metrópoles que os criminosos atuantes na Amazônia Legal também possuem ligação com o tráfico internacional de drogas, principalmente na região da tríplice fronteira, entre Brasil, Peru e Colômbia.

“Nosso compromisso é atuar não só no combate ao garimpo ilegal, mas principalmente nessas organizações criminosas que tentam dominar a região para controlar as atividades ilegais”, destaca Marcelo Sálvio.

O coordenador da Damaz ressalta ainda que essas organizações criminosas tentam controlar todos os aspectos da vida cotidiana dos moradores da região. “Tanto as relações de trabalho, as relações inclusive relacionadas à exploração sexual de mulheres que estão ali, eventualmente até indígenas”, acrescenta.

Os traficantes que agem na região utilizam os afluentes do Rio Solimões para realizar o transporte das drogas entre os três países. Uma região sem a atuação ativa dos governos locais potencializa a atuação dos criminosos.

“Esses grupos criminosos tradicionais que são conhecidos no país acabam disputando e tentando dominar essa região [da tríplice fronteira]. E, dominando essa região, eles tentam controlar também todas as relações, às vezes isolada e sem a presença do Estado”, ressalta o delegado da PF.

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