Para cumprir ordem de Temer, Exército precisa de combustível
As tropas federais estão preocupadas com o desabastecimento para concluir desobstrução de vias. No RJ, interventor garante abastecimento
atualizado
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Nos bastidores, os militares estão preocupados com a decisão do presidente da República, Michel Temer (MDB), de acionar as forças federais para desobstruir as rodovias federais – ocupadas pelos caminhoneiros desde segunda-feira (21/5). Os soldados temem que o Exército não tenha combustível suficiente para agir nas ruas por vários dias seguidos. A informação é do blog da Andréia Sadi.
De acordo com a reportagem, ao decidir usar as forças federais, o presidente Temer ouviu o general Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, e o ministro Raul Jungmann, do Ministério da Segurança Pública – porém não ouviu o conselho do Ministério da Defesa.
Por isso, o emedebista está sendo criticado por grupos que integram as forças federais, que incluem: Exército, Marinha, Aeronáutica e Polícia Rodoviária Federal (PRF).E o combustível do Exército?
Uma tropa da Polícia do Exército chegou à Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, por volta das 15h15 desta sexta (25), mas não para desobstruir o bloqueio feito por caminhoneiros, e sim para escoltar um caminhão-tanque de combustível destinado ao próprio Exército.
Segundo o Comando Militar do Leste, essa operação nada tem a ver “com a natureza do emprego determinado pelo presidente da República”.
Combustível suficiente
Na tarde desta sexta-feira (25), o general Walter Braga Netto, interventor federal na segurança do Rio de Janeiro, afirmou que todas as medidas necessárias para o acompanhamento das manifestações dos caminhoneiros no país estão sendo tomadas.
A declaração foi feita por meio do Twitter. Ele ainda destacou que se preocupa com os efeitos da greve nas rodovias federais que possam provocar interrupção no abastecimento. “Minha principal preocupação é com a população, para que não haja desabastecimento”. (Com informações de Agências)