Para CNI, cortes no Sistema S prejudicam combate ao coronavírus
Segundo a entidade, a medida vai afetar “de forma drástica” a economia, além de prejudicar os serviços prestados contra o coronavírus
atualizado
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Entidades da indústria e comércio reagiram negativamente ao corte pela metade das contribuições sobre a folha do Sistema S, anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Para a Confederação Nacional de Indústrias (CNI), a medida vai afetar “de forma drástica” a economia do Brasil, além de paralisar os serviços de ajuda prestados ao combate ao novo coronavírus.
“A iniciativa do governo federal vai na contramão do que está sendo feito em diversos países, no sentido de ampliar a proteção social da população neste momento da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus”, destaca o presidente da confederação, Robson Braga de Andrade, em nota.
De acordo com Robson, as entidades ligadas ao sistema têm realizado ações para combater a Covid-19, como a doação de máscaras, aventais e respiradores mecânicos a hospitais públicos, além da aplicação de R$ 15 milhões em projetos destinados a prevenir a proliferação da doença. Porém, com o veto de 50%, tais medidas serão paralisadas, prejudicando a economia e atrasando o combate ao coronavírus.
Um levantamento feito pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), mostra que, com o corte, 1,9 milhão de pessoas não vão receber atendimento médico, além do vencimento de 204 mil vacinas. Na educação, quase 300 escolas e centros vão ser fechados.
O corte, anunciada há duas semanas, ganhou força de lei na noite dessa terça-feira (31/03) com a edição de medida provisória (MP) do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A redução de alíquotas faz parte do pacote do Ministério da Economia para reduzir os impactos sobre as empresas devido à pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.