Para Bolsonaro, religião funciona como “freio” e pode ajudar o Brasil
Em live no Facebook, porém, ele negou que conduza o Brasil com princípios religiosos e que tenha proximidade com religiões extremistas
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse, em transmissão ao vivo no Facebook, nesta sexta-feira (12/07/2019), que a religião é um “freio” ao ser humano, que pode evitar que ele concretize vontades consideradas banais. “Eu entendo a religião como um freio em muitas vontades, porque se você fizer o que bem quiser e entender, e não tiver religião, você poderia – talvez, quem sabe – ter menos um freio na vida. Para mim religião é isso”, disse.
Ainda, o presidente afirmou que a religião poderia ajudar o Brasil com a pregação de valores tradicionais. “A religião é quando eles [religiosos] pregam respeito a família, ao casamento, ao próximo, a valores de responsabilidade e assim eles estão ajudando o Brasil”, contou. Em seguida, ele fez mais um aceno à bancada evangélica e disse que os fiéis ajudam o país com seus projetos.
Bolsonaro comentou também as críticas que estaria recebendo por conduzir o Brasil baseado em princípios religiosos. No Facebook, ele negou e disse que não coloca a religião “acima de tudo”. “Conduzem [imprensa] aqui como se [eu] estivesse conduzindo [o Brasil] para uma política com religião acima de tudo. Que quem não é da minha religião não presta, não tem nada a ver isso daí”, disse. O lema do governo, porém, é “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”.
ONU X Direitos Humanos
Durante a live, o presidente confirmou que seu governo deve tentar a reeleição a uma cadeira na comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) e disse que enviou o parecer com as propostas do Brasil nesta quinta-feira (11/07/2019). Porém, apesar de ter se inspirado em princípios religiosos, Bolsonaro negou que o documento tivesse qualquer ligação com sua religião. “É a defesa dos valores familiares, abortar a ideologia de gênero, entre outras coisas que estão perfeitamente alinhadas conosco, com o cristão, com o católico, com muita gente, e até com ateu está”, afirmou.
Ainda, o chefe do Executivo questionou alguns veículos brasileiros por supostamente aproximar o Brasil do islamismo. “Eu aceito qualquer religião desde que aceite a nossa também. Esse negócio de exterminar cristão por aí, não conte com nosso apoio. Agora quando fala em ideologia de gênero, o pessoal dessa religião [Islamismo] fala a mesma coisa que nós”, finalizou.