Para 68%, Bolsonaro sabia da venda de joias, diz Datafolha
Além disso, 52% acreditam que ex-presidente cometeu crime e 38% o consideram inocente. Entre eleitores, 77% estão informados sobre o caso
atualizado
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Uma pesquisa de opinião realizada pelo Datafolha, divulgada neste sábado (16/9), mostra que 68% dos brasileiros acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha conhecimento da venda ilegal de joias, presenteadas por autoridades sauditas.
Além disso, 52% consideram que o ex-presidente cometeu crime, ante 38% que o veem como inocente. Para 17%, Bolsonaro não sabia do assunto. Um grupo de 15% não soube opinar sobre a questão.
O levantamento ouviu 2.016 nos dias 12 e 13 deste mês. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Bolsonaro é investigado pelo suposto desvio de joias e outros presentes de alto valor recebidos enquanto ocupava a Presidência da República. O ex-presidente nega o envolvimento nesses episódios.
A pesquisa indica ainda que 77% dos eleitores estão informados sobre o caso. Outros 37% afirmam que conhecem mais ou menos o episódio e 9% se dizem mal informados. O conhecimento vai a 90% na maior faixa de renda, que é numericamente inferior (3% da amostra). Ele alcança 72% no segmento dos que ganham até dois salários mínimos mensais (51% dos ouvidos).
Outros 21% dizem que não ouviram falar do caso e 2% não souberam responder a essa questão Entre os petistas, 87% acham que Bolsonaro sabia que a venda de joias era ilegal. Já 44% dos bolsonaristas acreditam que ele desconhecia o tema. Desse grupo, 52% acham que o ex-presidente cometeu crime. Esse número sobe para 81% entre os petistas.
Ainda entre os partidários do PT, 38% creem que Bolsonaro é inocente. Entre os bolsonaristas, eles são 75%. No Nordeste, onde Lula venceu nas eleições presidenciais de 2022, 75% acham que Bolsonaro sabia da venda das joias e 62% acreditam que ele cometeu um crime.
No geral, para 47%, joias e outros presentes dados a autoridades deveriam ser considerados itens pessoais, índice que vai a 70% entre bolsonaristas. Já 42% defendem que tais objetos devem ser incorporados ao patrimônio público, número que chega a 59% entre petistas. Não souberam opinar sobre esse tema 11%.