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Papa Francisco diz que Lula foi condenado sem provas e elogia Dilma

Em entrevista a um canal argentino, o papa teceu duras críticas ao sistema judiciário brasileiro sobre a condução do processo de Lula

atualizado

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Ricardo Stuckert
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1 de 1 Lula-e-Papa - Foto: Ricardo Stuckert

Em entrevista a uma TV argentina, o papa Francisco declarou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi condenado sem provas e disse que o impeachment da ex-chefe do Executivo Dilma Rousseff foi injusto. O pontífice conversou com o canal da CHN antes de ser internado, na última quinta-feira (30/3), por infecção respiratória.

O papa defendeu que Lula foi vítima de lawfare – uso indevido do sistema legal e das leis para outros fins, como política ou perseguição pessoal. O pontífice destacou que foram criadas reportagens para condenar o presidente, mas não foram apresentadas provas sobre o crime.

“O lawfare abre caminho nos meios de comunicação. Deve-se impedir que determinada pessoa chegue a um cargo. Então, o pessoal os desqualifica e metem ali a suspeita de um crime. Então, faz-se todo um sumário, um sumário enorme, onde não se encontra [a prova do delito], mas para condenar basta o tamanho desse sumário. ‘Onde está o crime aqui?’ ‘Mas, sim, parece que sim…’ Assim condenaram Lula”, declarou o Papa.

Durante a entrevista, o líder católico teceu duras críticas ao processo de impeachment da ex-presidente Dilma. “Não puderam [comprovar] Uma mulher de mãos limpas, uma excelente mulher”, ressaltou o pontífice.

Processos de Lula

O Supremo Tribunal Federal (STF) anulou os processos contra o presidente Lula em 2021 por questões técnicas em torno da condução do julgamento pelo ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR).

Lula foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro pelo ex-juiz da Operação Lava Jato.

O atual presidente deixou a cadeia em 8 de novembro de 2019 após 580 dias presos na Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba.

Impeachment de Dilma

Com grandes discussões no Congresso Nacional, a ex-presidente Dilma Rousseff sofreu impeachment em 2016 após ser acusada de “pedaladas fiscais”, um tipo de manobra contábil realizada pelo Executivo para cumprir as metas fiscais.

Em 2022, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou as contas presidenciais de 2014 e 2015, os dois últimos anos de governo Dilma. Para o relator da proposta, Enio Verri (PT-PR), a ex-chefe do Executivo foi afastada do cargo por um “golpe” baseado em falsas alegações.

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