“Pântano repugnante e sem fim”, diz Calheiros, alvo da “Abin paralela”
“Abin paralela” no governo Bolsonaro monitorou adversários políticos, como o senador Renan Calheiros, aponta investigação da PF
atualizado
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Um dos alvos do monitoramento ilegal por meio de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o senador Renan Calheiros (MDB-AL) lamentou e repudiou que estruturas do Estado tenham sido usadas para a espionagem.
“Como democrata, lamento e repudio que estruturas do Estado tenham sido criminosamente capturadas para atuar como policias políticas, com métodos da Gestapo, um pantâno repugnante e sem fim”, afirmou o parlamentar alagoano em publicação no X (antigo Twitter).
Renan Calheiros também disse que segue “confiante nas instituições, na apuração, denúncia e julgamento dos culpados”.
O nome do senador consta entre os alvos do monitoramento ilegal pela “Abin paralela”, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Conforme relatório da PF, a suposta organização ainda monitorou Arthur Lira (PP-AL), atual presidente da Câmara dos Deputados, e outros alvos, entre políticos, magistrados e jornalistas.
Do Poder Legislativo, foram alvos ainda o deputado Rodrigo Maia (então presidente da Câmara dos Deputados), os deputados federais Kim Kataguiri e Joice Hasselmann; e os senadores Alessandro Vieira, Omar Aziz e Randolfe Rodrigues.
Nesta quinta-feira (11/7), o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes derrubou o sigilo da investigação que integra a quarta fase da Operação Última Milha.
As apurações da Polícia Federal, responsável pela operação, revelaram que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvo de ações do grupo. Também houve a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente inverídicas.