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Pantanal volta a sofrer com incêndios após duas semanas de alívio

Bioma teve 209 incêndios em seis dias. Considerando os 23 primeiros dias de julho, já são 619 queimadas.

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Floresta pegando fogo
1 de 1 Floresta pegando fogo - Foto: Getty Images

Após cerca de duas semanas com um alívio das queimadas no Pantanal, o bioma voltou a sofrer com o fogo. Do dia 7 de julho até a última quarta-feira (17/7), os focos de calor mapeados pelos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) reduziram.

Nos 12 dias de tranquilidade houve cinco deles sem nenhum registro e a média ficou em 2,4 queimadas por dia. No entanto, a situação virou a partir da última quinta-feira (18/7), quando só em 24 horas houve 29 queimadas. A média de quinta até a última terça-feira (23/7) passou para 34,8 queimadas por dia, totalizando 209 no período.

Considerando os 23 primeiros dias de julho, já são 619 queimadas. O número já é 40% maior do que a média histórica (441). No ano, a alta nos registros de fogo é de 1.445% no Pantanal. De janeiro até 23 de julho do ano passado foram 269 focos de incêndio. Neste ano, o mesmo período já tem 4.157 ocorrências do tipo.

O retorno do fogo ao Pantanal já era uma preocupação da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva. O motivo era a possibilidade de mudança no tempo. “A partir do (próximo) final da semana, vai vir uma onda de calor, baixa de umidade, risco de a gente ter incêndios novamente”, alertou na última quinta.

Seca histórica

O fogo no Pantanal tem relação com a seca histórica, que é considerada a pior dos últimos 70 anos. A estimativa é da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O volume de chuvas ficou abaixo da média e especialistas associam a questão à atuação do El Niño.

Os próximos meses preocupam, pois o Pantanal ainda está longe do início do próximo período chuvoso.  Historicamente, o pico de queimadas no bioma ocorre em agosto, mas ainda costuma ter fogo significativo até o mês de outubro.

De acordo com boletim do MMA publicado nesta terça, a área queimada neste ano até o último domingo (21/7) é estimada entre 5.992 e 7.946 quilômetros quadrados (km²). O maior número corresponde a aproximadamente 5,2 vezes o tamanho da cidade de São Paulo.

O MMA atua em 67 queimadas. A pasta considera que destes, 42 estão extintos e 25 ativos, sendo que 18 foram controlados, ou seja, situação em que o fogo não tem mais para onde expandir, embora ainda não esteja totalmente anulado.

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