Pantanal registrou mais de 3 mil focos de incêndio neste ano
No mesmo período do ano passado, contabilizaram-se 146 focos de incêndio no Pantanal; portanto, há incremento de 2.134% nos registros
atualizado
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O Pantanal registrou mais de 3 mil focos de incêndio desde o início deste ano. Os números foram apurados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora a situação dos biomas brasileiros por meio de imagens de satélite.
No mesmo período do ano passado, contabilizaram-se 146 focos de incêndio; portanto, o aumento das ocorrências chega a 2.134%. Somente entre os dias 17 e 23 de junho, houve mais de 900 focos no bioma.
Os registros estão em tendência de aumento desde meados do mês de maio. Veja os números de focos detectados de referência entre 1º de janeiro e 23 de junho, anualmente:
- 2018: 104;
- 2019: 894;
- 2020: 2.446;
- 2021: 328;
- 2022: 485;
- 2023: 146; e
- 2024: 3.262.
O Ministério do Meio Ambiente alertou que o Pantanal deve enfrentar uma seca extrema nos próximos meses. O bioma ocupa partes de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul, além de se estender pela Bolívia e pelo Paraguai.
Nesse sábado (22/6), o governo do Mato Grosso do Sul anunciou que a Força Nacional atuará no combate aos incêndios. A ação para conter as chamas que atingem a vegetação também contará com a ajuda de três aeronaves do Ibama e quatro do Exército.
As queimadas avançam pelo bioma enquanto a chuva está abaixo da média histórica. O período de seca no Pantanal tem início em maio, mas atinge o auge apenas em setembro.
Por causa do baixo percentual de chuvas, o governo do Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência ambiental em 9 de abril, por 180 dias.