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Pantanal pode ter perda “irreversível”, afirma presidente do Ibama

Bioma enfrenta seca histórica e suspeita de incêndios criminosos. Apenas em junho, Pantanal teve mais de 2,6 mil queimadas

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Gustavo Basso/NurPhoto via Getty Images
equipe de voluntários trabalha na manutenção de pontes de madeira ao longo da rodovia Transpantaneira, em Poconé, MT, coração do Pantanal brasileiro - Metrópoles
1 de 1 equipe de voluntários trabalha na manutenção de pontes de madeira ao longo da rodovia Transpantaneira, em Poconé, MT, coração do Pantanal brasileiro - Metrópoles - Foto: Gustavo Basso/NurPhoto via Getty Images

Segundo o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, algumas áreas do Pantanal poderão ter perdas irreversíveis após o recorde de queimadas neste ano. Ao todo, quase 5% de todo o bioma foi queimado, apenas em 2024.

“A natureza volta em muitas áreas depois de desastres como esse. [Mas] em alguns lugares a perda é significativa. Em alguns lugares pode ser, inclusive, irreversível. A gente está muito assustado em ver, pelo sexto ano seguido, o Pantanal sem o período de cheias”, declarou Agostinho em entrevista ao g1 e à TV Globo.

Para o governo, o recorde de queimadas no bioma é provocado por um conjunto de fatores, entre eles, a seca extrema na região. “A seca começou três meses antes [do período de estiagem], mas não existe nenhuma evidência de que provavelmente ela termine três meses antes. Então, de fato, a gente vai ter que trabalhar com o pior cenário, que é o cenário de uma seca até o final do ano”, disse o presidente do Ibama.

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Pantanal em chamas: focos de incêndio no primeiro semestre batem recorde
Homem toma água durante trabalho de combate ao fogo
Incêndios no Pantanal já batem recorde desde início da série histórica
Brigadistas no Pantanal combatem fogos de fogo
Homem acena para avião no Pantanal
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Pantanal já tem milhares de focos de incêndio

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Pantanal em chamas: focos de incêndio no primeiro semestre batem recorde

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Homem toma água durante trabalho de combate ao fogo

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Incêndios no Pantanal já batem recorde desde início da série histórica

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Brigadistas no Pantanal combatem fogos de fogo

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Homem acena para avião no Pantanal

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Combate ao fogo no Pantanal

Com o auxílio de aviões, brigadistas do combatem fogo em Corumbá
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Combate ao fogo no Pantanal exige que brigadistas tenham resistência

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Entretanto, Rodrigo Agostinho não descartou que parte dos focos de incêndio tenha sido causada por criminosos. “Eu não descarto que algumas dessas áreas onde o fogo começou tenha sido fogo para limpeza dos restos vegetais que ficam depois do desmatamento. Tudo isso está sendo investigado e, se a gente encontrar responsáveis por esse fogo, essas pessoas responderão criminalmente. A Polícia Federal foi acionada e já abriu um inquérito de investigação”, afirmou.

Uma queimada a cada 15 minutos

Até o dia 28 de junho, o Pantanal já havia registrado 3.531 queimadas, o que corresponde a uma ocorrência a cada 15 minutos. Com isso, o primeiro semestre de 2024 já é o com maior número de focos de calor da história, desde que o monitoramento foi iniciado, em 1998, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Apenas em junho foram mais de 2,6 mil incêndios florestais.

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