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Pantanal em chamas: bioma registra uma queimada a cada 15 minutos

Primeiro semestre já é o recordista da história desde que o monitoramento do Inpe foi iniciado, em 1998

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Bruno Rezende / governo do MS
Imagem colorida mostra combate às chamas que atingem o mato grosso do sul - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra combate às chamas que atingem o mato grosso do sul - Metrópoles - Foto: Bruno Rezende / governo do MS

Neste mês o Pantanal teve, até a sexta-feira (28/6), 2.632 queimadas, o que corresponde a uma ocorrência a cada intervalo de 15 minutos. Com isto, o primeiro semestre já é o com maior número de focos de calor da história, desde que o monitoramento foi iniciado, em 1998, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O acumulado de 1º de janeiro até 28 de junho é de 3.531 queimadas. A grande preocupação de ambientalistas está no fato de que este ano o fogo começou a se intensificar mais cedo. Enquanto a média histórica para junho é de 154, este ano já houve mais de 2,6 mil queimadas.

Historicamente, o fogo no Pantanal ganha força em julho, tem pico em agosto e começa a reduzir em setembro, embora ainda queime muito nessa época do ano. Até este ano, o mês de junho com mais focos de calor tinha sido 2005, com 435 registros.

Os dados dia a dia do Inpe mostram que só no último dia 14 houve 387 queimadas, o maior número para um período de 24 horas. Vários fatores são responsáveis pela situação atual.

Especialistas explicam que o El Niño fez com que a seca fosse recorde em mais de 70 anos. A vegetação mais seca se deparou com as temperaturas mais elevadas por causa da emergência climática. Estes fatores somados aos ventos, facilitam a propagação do fogo.

Avião

O combate tem exigido esforços. Os brigadistas têm a partir deste sábado (29/6) o reforço da aeronave KC-390 Millennium, capaz de transportar até 12.000 litros de água. Neste sábado serão realizados ao todo quatro voos com despejo de água sobre o fogo.

Conforme a Força Aérea Brasileira (FAB), a aeronave é abastecida em uma piscina de 22 mil litros, que fica em Corumbá (MS), de onde o avião decola para as missões de combate. Está sendo adicionada à água uma substância conhecida como retardante, que tem a capacidade de reduzir o poder das chamas ou amenizar a capacidade de queima do material combustível, que ainda não foi inflamado.

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